Guiné-Bissau Aspectos gerais

Sobre

A Guiné-Bissau é um dos países mais pobres e mais frágeis do mundo. Faz fronteira a norte com o Senegal, a sul com a Guiné, e a sua costa Atlântica é composta pelo Arquipélago dos Bijagós, com cerca de 88 ilhas. Apesar de ser um país pequeno, com uma população de cerca de 1.9 milhões de pessoas, a Guiné-Bissau tem uma grande variedade de grupos étnicos, línguas e religiões.

Contexto Político

A Guiné-Bissau tem um historial de fragilidade política e institucional desde a sua independência de Portugal, em 1974. Está entre os países com maior instabilidade política e mais propensos a golpes de Estado. Desde a independência, foram registados quatro golpes de Estado e 17 tentativas de golpe. Às eleições presidenciais de 2019 seguiu-se uma crise política que terminou em abril de 2020 com o reconhecimento por parte da CEDEAO de Umaro Sissoco Embaló como Presidente da República. Na sequência de uma crise política e da dissolução do Parlamento pelo Presidente Embaló em maio de 2022, realizaram-se eleições legislativas antecipadas em junho de 2023. Em dezembro de 2023, o Parlamento foi novamente dissolvido e encerrado na sequência de uma crise constitucional, tendo sido nomeado um governo de iniciativa presidencial. Eleições presidenciais e legislativas estão marcadas para o dia 23 de novembro de 2025.

Economia

A economia cresceu cerca de 4,8% em 2024 (2,5% per capita), um aumento em relação a 2023, apoiado pelo setor de serviços e pelos preços mais altos na produção agrícola. A atividade económica deverá permanecer forte em 2025, com um crescimento projetado de 5,1% (2,8% per capita), apoiado por uma campanha favorável da castanha de caju e preços mais elevados no produtor, estimulando a procura privada e impulsionando a atividade no setor de serviços. A inflação geral deverá desacelerar para uma média de 2,5% em 2025, graças à redução dos preços da energia. Como resultado, espera-se que a incidência da pobreza extrema (<3,00 dólares/dia, PPC 2021) diminua para 41,2% em 2025. O aumento da produção de caju, juntamente com as projeções favoráveis para os preços de exportação do caju e os preços mais baixos das importações de petróleo e alimentos, apoiarão a redução do défice da balança corrente para 6,1% do PIB em 2025, em comparação com 8,6% em 2024. O défice orçamental deverá diminuir para 4,9% do PIB em 2025, apoiado por receitas mais elevadas da castanha de caju e despesas correntes mais baixas. A dívida pública deverá diminuir para 78,5% do PIB em 2025.

O crescimento deverá atingir uma média de 5,2% em 2026-2027. A agricultura deverá continuar a ser um motor do crescimento, apoiada por recentes investimentos governamentais que irão aumentar os rendimentos rurais e estimular o consumo privado. Os setores da construção e dos serviços, juntamente com a melhoria do abastecimento de eletricidade e os investimentos em estradas e infraestruturas de conectividade, deverão reforçar a integração regional e atrair investimento privado. Prevê-se que o aumento do crescimento per capita e a descida dos preços dos alimentos reduzam a pobreza para 37,2% em 2027. A melhoria da cobrança de receitas e a continuação da disciplina orçamental poderão reduzir o défice orçamental e a dívida pública para 3,0% e 74% do PIB, respetivamente, até 2027. 

Última atualização: 7 de outubro de 2025

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