Após uma série de apresentações destacando o CEM e o âmbito do envolvimento do Grupo Banco Mundial na Guiné-Bissau, iniciou-se uma troca de impressões produtivas que serviram de base para um roteiro do desenvolvimento da Guiné-Bissau. Com a recente restauração da ordem democrática e constitucional após o golpe militar de 2012, são favoráveis as perspectivas para um virar de página no que toca à instabilidade política, ao crescimento anémico e à pobreza enraizada.
“O Banco Mundial é um parceiro envolvido e empenhado. Ao longo deste retiro, conseguimos analisar de que forma todos os diferentes sectores podem contribuir para uma maior prosperidade e o modo como podemos trabalhar em conjunto para implementar e alcançar os objectivos descritos no nosso plano estratégico nacional para o desenvolvimento. O relatório de diagnóstico que o Banco Mundial apresentou, cujos princípios fundamentais coincidem com a nossa visão, dá-nos a certeza de que estamos no caminho certo”, afirmou o Primeiro-ministro Domingos Simões Pereira.
As duas delegações realçaram a importância da estabilidade, como um elemento-chave da ascensão económica da Guiné-Bissau. Vera Songwe, Directora de País para a Guiné-Bissau do Banco Mundial destacou que “a estabilidade é crucial para se progredir já que os custos económicos e de desenvolvimento de um novo conflito seriam desastrosos para o país. O governo da Guiné-Bissau está a dar sinais claros de que valoriza a estabilidade e nós estaremos lá para os acompanhar no momento em que iniciam um novo caminho para a prosperidade. Foi importante criar uma confiança recíproca e, para nós, dar a conhecer ao governo e ao povo da Guiné-Bissau a forma como temos vindo a apoiar o desenvolvimento do país antes do golpe de estado, imediatamente após ao golpe de estado e após o período de transição”.
Em 25 de Março de 2015, o governo participará numa importante reunião de doadores em Bruxelas, onde procurará obter apoio da comunidade internacional. O retiro e a apresentação do CEM foram uma forma de fornecer ao governo da Guiné-Bissau um conjunto de dados destinados a informar a sua estratégia de desenvolvimento ao longo das próximas semanas.
“O diagnóstico do Banco Mundial sobre os diversos sectores, desde os macroeconómicos a sectores tais como mineração, biodiversidade e infraestruturas de transportes, para apenas referir alguns, foi extremamente valioso para nós. O relatório também proporcionou um conjunto de planos de acção para aquilo que deveria ser feito ao longo dos próximos doze meses, o que vamos poder utilizar no nosso diálogo com outros doadores e parceiros com vista a começar a alcançar os nossos objectivos de desenvolvimento”, explicou S.Exa. Geraldo Martins, Ministro da Economia e Finanças da Guiné-Bissau.