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Cabo Verde Aspectos gerais

Cabo Verde, situado a 500 km ao largo da costa ocidental de África, é um arquipélago de dez ilhas com uma população estimada em 520.500 habitantes que residem em nove ilhas.

Apenas 10% do seu território é arável e os recursos minerais são escassos. Desde os anos 90, o país registou progressos significativos, em grande parte devido ao rápido crescimento do turismo, que representa 25% do seu PIB.

Apesar dos desafios decorrentes da pandemia de COVID-19 e da crise na Ucrânia, o governo tem como objetivo erradicar a pobreza extrema até 2026, em conformidade com a Agenda 2030 das Nações Unidas e o Plano Estratégico para o Desenvolvimento Sustentável 2022-2026 (PEDS II).

Contexto Político

Reconhecido pela sua estabilidade democrática, Cabo Verde tem vivido transições pacíficas entre os seus dois principais partidos políticos desde a sua independência em 1975.

Em Abril de 2021, o Movimento para a Democracia (MpD) foi reeleito, tendo Ulisses Correia e Silva continuado como Primeiro-Ministro. José Maria Neves, apoiado pelo Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), assumiu a presidência a 9 de Novembro de 2021.

As mais recentes eleições autárquicas foram realizadas em Dezembro de 2024. As próximas eleições legislativas e presidenciais estão previstas para 2026.

Contexto Económico

A economia de Cabo Verde continua a ser impulsionada pelo turismo e estima-se que o crescimento tenha acelerado para cerca de 7,8% em 2024, impulsionado pelo reforço da atividade turística e por uma recuperação gradual da atividade agrícola após anos de seca. Estima-se que as chegadas de turistas tenham atingido 1,2 milhões (+20% em termos anuais), com uma percentagem crescente a optar por estadias sem tudo incluído. Os serviços representaram cerca de 78% da produção (+ 6,1 pontos percentuais de crescimento), com os hotéis e os transportes a representarem mais de metade.

As exportações de serviços (+20% em termos anuais) e o consumo privado (+9,5% em termos anuais) continuam a ser os principais fatores de crescimento. O forte crescimento do setor dos serviços, a recuperação agrícola e a baixa inflação reduziram provavelmente a pobreza para 14,4% em 2024. O bom desempenho do turismo fez com que o saldo da balança corrente passasse de um défice de 2,5% do PIB em 2023 para um excedente de 0,1% em 2024. A inflação moderou-se significativamente em 2024, com a redução dos preços da energia e dos géneros alimentares a fazer descer a inflação global média para 1%, contra 3,7% em 2023. O défice orçamental aumentou para 1,1 % do PIB em 2024 (0,3 % em 2023), devido ao aumento do investimento público, às despesas relacionadas com as eleições locais e à expansão dos programas sociais. As receitas permaneceram estáveis em 24,8% do PIB, apoiadas por receitas fiscais mais fortes do que o previsto. Este facto, juntamente com o forte crescimento do PIB, reduziu a dívida da administração central em 6,9 pontos percentuais para 109,6% do PIB (117% incluindo a dívida garantida pelas empresas públicas). Apesar disso, persistem riscos orçamentais, nomeadamente o apoio às empresas públicas, a rigidez das despesas e os elevados custos do serviço da dívida.

Prevê-se que o crescimento atinja 6% em 2025, estabilizando perto de 5% a médio-prazo, apoiado por uma maior eficiência do setor público e por esforços para atrair o investimento privado, com base em reformas estruturais destinadas a melhorar o ambiente empresarial, com a inflação a convergir para cerca de 2%.

O aumento dos investimentos públicos e a prossecução das reformas da massa salarial aumentarão o défice orçamental para 1,5% do PIB em 2025. Contudo, os esforços sustentados para aumentar a cobrança de impostos, as receitas adicionais da reestruturação das empresas públicas e o compromisso de conter as despesas reduzirão o défice para 0,6% do PIB até 2027, com um excedente primário de 1,1%. Tal deverá permitir que a dívida pública - excluindo a dívida garantida pelas empresas públicas - desça para 93,0% do PIB até 2027.

As perspetivas enfrentam riscos negativos, tais como picos nos preços dos produtos de base decorrentes de tensões geopolíticas, pressões inflacionistas, uma procura turística mais fraca e progressos lentos nas reformas das empresas públicas, o que poderá prejudicar a consolidação orçamental e o crescimento económico. Os choques climáticos continuam a ser uma preocupação, dada a elevada vulnerabilidade do país.

Última atualização: 14 de abril de 2025

EM PROFUNDIDADE

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