Washington, 23 de abril, 2025 – Em meio à crescente volatilidade econômica global, os países da América Latina e do Caribe devem adaptar suas estratégias econômicas para lidar com incertezas cada vez maiores, segundo o capítulo antecipado do Relatório Econômico da América Latina e do Caribe (LACER, na sigla em inglês) do Banco Mundial.
O relatório prevê um crescimento de 2,1% em 2025 e 2,4% em 2026, tornando-a a região de crescimento mais lento em todo o mundo. O baixo investimento, o alto endividamento e um ambiente externo instável são as principais barreiras ao desenvolvimento da região.
“O cenário econômico global mudou drasticamente, marcado por níveis mais altos de incerteza”, disse Carlos Felipe Jaramillo, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. “Os países devem recalibrar suas estratégias e promover reformas ousadas e práticas que aumentem a produtividade e a competitividade, ao mesmo tempo em que enfrentam lacunas de longa data em infraestrutura, educação, comércio e governança para garantir a criação de empregos e melhores oportunidades para empresas e cidadãos.”
Perspectiva Regional
Apesar de alguns avanços no controle da inflação, os déficits fiscais continuam a ser uma preocupação urgente, com a relação dívida/PIB prevista para atingir 63,3% em 2024, acima dos 59,4% em 2019.
O ambiente econômico global em rápida evolução aumenta as pressões, pois a inflação persistente nas economias avançadas pode atrasar os cortes nas taxas de juros e limitar as opções de política monetária. As preocupações com as restrições ao comércio global criam incertezas quanto ao nearshoring e ao acesso aos mercados, contribuindo para um ambiente econômico e de negócios mais cauteloso. O crescimento lento na China e os cortes na assistência ao desenvolvimento no exterior também contribuem para a perspectiva.
“O acesso à tecnologia e a exploração de economias de escala exigem que o comércio e o investimento estrangeiro direto (IED) continuem essenciais para acelerar o crescimento na América Latina e no Caribe, mesmo em tempos incertos. Diversificar os destinos comerciais, expandir as exportações de serviços e buscar nichos potenciais de nearshoring oferecem oportunidades, mas exigirão o aumento tanto da produtividade quanto da agilidade. Isso, por sua vez, requer progresso em reformas internas há muito necessárias no ambiente de negócios, capital humano e inovação”, disse William Maloney, Economista-Chefe para a América Latina e o Caribe do Banco Mundial.
Nota aos Editores:
Esta nota à imprensa destaca as principais conclusões do capítulo sobre perspectivas econômicas do próximo LACER, disponível aqui.
O relatório completo— "Crime Organizado e Violência na América Latina e no Caribe"— inclui um segundo capítulo que examina o custo social e econômico do aumento do crime e da violência na região. O relatório completo será lançado na segunda-feira, 28 de abril.
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