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COMUNICADO À IMPRENSA 14 de julho de 2020

Aumento da produtividade, principal impulsionador da redução da pobreza, ameaçado pelas interrupções da COVID-19

Primeiro estudo abrangente sobre desafios e oportunidades para retomar o crescimento da produtividade

WASHINGTON-DC, 14 de julho de 2020 - O crescimento da produtividade, que contribuiu para tirar milhões de pessoas da pobreza nos países em desenvolvimento, precisará do apoio decisivo dos formuladores de políticas para responder aos sérios desafios impostos pelo choque econômico provocado pela pandemia da COVID-19, conforme constata um estudo abrangente do Banco Mundial.

O crescimento da produtividade, base crucial para o aumento da renda e a redução da pobreza, tem estado em declínio em todo o mundo, e nos mercados emergentes e economias em desenvolvimento desde a crise financeira de 2007-2009, nesta que é a mais acentuada, mais longa e mais profunda desaceleração da produtividade das últimas décadas, de acordo com o estudo “Produtividade global: Tendências, Fatores e Políticas.” Dados de epidemias e recessões profundas anteriores sugerem que a pandemia da COVID-19 poderia diminuir ainda mais a produtividade do trabalho nos próximos anos, a menos que ações políticas urgentes sejam tomadas, alerta o estudo.

"Os níveis de produtividade nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento permanecem em menos de 20% da média nas economias avançadas e em apenas 2% nos países de renda baixa ", disse Ceyla Pazarbasioglu, Vice-Presidente de Crescimento Equitativo, Finanças e Instituições do Grupo Banco Mundial. “Um possível ponto positivo pode ser o de que as mudanças de comportamento em virtude da pandemia acelerarão a adoção de novas tecnologias, trarão maior ganho de eficiência entre as empresas e aumentarão o ritmo de inovação científica. No entanto, é primordial garantir que esses ganhos sejam amplamente distribuídos e que as interrupções no mercado de trabalho direcionado pela tecnologia sejam bem gerenciadas.”

Este relatório se baseia em um vasto conjunto de dados que abrangem 35 economias avançadas e 129 mercados emergentes e economias em desenvolvimento. O relatório aponta fatores que estimularam o aumento da produtividade, como o crescimento da população em idade ativa, o aumento da escolaridade e o crescimento das cadeias de valor globais, e que atenuaram ou reverteram estas tendências desde a crise financeira global de 2007-2009. Além disso, de acordo com o relatório, o colapso do comércio global e as interrupções nas cadeias de suprimentos mundiais durante a atual pandemia, se prolongados, podem ser especialmente prejudiciais no que se refere às perspectivas de aumento da produtividade nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento.

Embora os níveis de produtividade nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento tenham sido historicamente mais baixos em relação às economias avançadas, a queda nas taxas de pobreza nas últimas décadas foi um sinal de que algumas dessas economias obtiveram ganhos de produtividade e renda. A convergência para níveis mais altos de produtividade tem sido associada a fatores como maior estabilidade política, melhores sistemas educacionais, economias diversificadas e integração com as cadeias de produção globais. No entanto, a atual queda no setor manufatureiro mundial, o crescimento desacelerado do comércio, a deterioração do capital humano e as poucas perspectivas para os preços das commodities podem tornar a diminuição dessa diferença mais difícil, segundo o relatório.

"Mesmo antes da pandemia da COVID-19, havia uma desaceleração generalizada do aumento da produtividade", afirmou Ayhan Kose, diretor do Grupo de Perspectivas do Banco Mundial. “Isso indica que qualquer pacote de políticas para retomar o crescimento da produtividade precisa ser abrangente. Um amplo pacote de políticas deve estimular o investimento em capital humano e físico, incentivar a realocação de recursos para setores mais produtivos, promover a adoção de tecnologias e inovação, e promover um ambiente institucional e macroeconômico sólido”.


COMUNICADO À IMPRENSA Nº 2021/004/EFI

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