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COMUNICADO À IMPRENSA

América Latina e Caribe: Crescimento verde e inclusivo pode ajudar a manter os ganhos econômicos e sociais

31 de maio de 2012




  • Antecedendo a Rio+20, relatório do Banco Mundial enfatiza as realizações inovadoras da região e recomenda a sua transformação em práticas generalizadas.
  • Os vastos recursos naturais da América Latina estarão em risco se não houver uma continuidade das políticas de crescimento verde.
  • A região da América Latina e do Caribe deverá enfrentar os seguintes desafios: 80% da população vive nas cidades; a região apresenta uma taxa de motorização com o mais rápido crescimento.

WASHINGTON, 31 de maio de 2012 – Os recursos naturais da América Latina e do Caribe, que estão amplamente associados ao crescimento atual, poderão ser reduzidos de modo significativo em um período inferior ao de uma geração (15 a 20 anos), se a região não adotar plenamente as políticas verdes que podem garantir o crescimento sustentável, enfatiza um novo relatório do Banco Mundial, lançado hoje no Centro Woodrow Wilson, antecedendo a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20. Uma versão em português estará disponível em breve.

Sob vários aspectos, a região da América Latina e o Caribe (ALC) poderá se transformar em vítima de seu próprio sucesso econômico. A bonança dos útlimos anos na região ‒ crescimento médio de 4% e mais de 70 milhões de pessoas retiradas da pobreza ‒ levou a uma urbanização explosiva, que torna mais difícil a concretização de um futuro verde. O estudo sustenta que a maioria dos habitantes da região ‒ mais de 80% da sua população ‒ vive em áreas urbanas nos países em desenvolvimento e o crescimento das taxas de motorização, de 4,5% ao ano, é o mais rápido do mundo.   

No entanto, a região também serviu como um laboratório global para algumas das práticas verdes mais inovadoras, enfatiza o relatório. A ALC dispõe, por exemplo, da matriz energética com as mais baixas emissões de carbono do mundo em desenvolvimento ‒ 6% das emissões globais de gases do efeito estufa no setor de energia ‒ e de instrumentos inovadores como o primeiro seguro contra catástrofes para melhorar a resistência aos desastres naturais. A região adotou também esquemas para preservação do meio ambiente que ajudaram a transformar a Costa Rica em um ícone mundial para o meio ambiente e em um paraíso para o ecoturismo, após ser o país que mais desmatou em meados do anos 1990.

“Hoje, os países da ALC se deparam com a necessidade de tomar decisões que definirão o seu futuro nos próximos anos”, afirmou Ede Ijjász-Vásquez, Diretor de Desenvolvimento Sustentável do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. “A região tem a oportunidade de escolher o caminho que leve a um crescimento robusto, sem adotar modelos insustentáveis que no longo prazo poderão se mostrar mais dispendiosos e menos eficientes e resistentes.”

Algumas dessas escolhas vão definir o futuro da região nas próximas décadas em importantes áreas como infraestrutura, energia e serviços urbanos, que são determinantes para o crescimento econômico e definem a qualidade da vida da maioria das pessoas que moram nas cidades. Por exemplo, a demanda por eletricidade na ALC quase duplicou nas duas últimas décadas. Embora a região apresente a combinação de fontes de energia mais limpa do mundo, a intensidade de carbono desse setor vem aumentando devido ao maior uso de combustíveis fósseis, incluindo o gás natural, uma tendência que deverá continuar. Para enfrentar esse problema, a região terá que depender em maior intensidade de outras fontes de energia mais limpas, como hidrelétrica e eólica.

A continuidade do crescimento da região também dependerá do compromisso com o uso sustentável de seus incomparáveis recursos naturais. As diversas vantagens que a riqueza natural da região oferece – extensos recursos hídricos, terras férteis e uma inigualável biodiversidade – estão ameaçadas pela expansão do uso ineficiente da terra e do desmatamento. 

O relatório também assinala que a região tem uma verdadeira chance de liderar a adoção de práticas agrícolas mais eficientes e inteligentes em termos de clima, que não prejudiquem o meio ambiente e estejam mais adaptadas aos novos padrões climáticos. Esse caminho significa também optar por modos mais eficientes e ecológicos de transporte de mercadorias como  ferrovias e hidrovias, que estão sendo altamente subutilizadas, bem como aumentar o número de comunidades rurais conectadas.

Ijjász-Vásquez também assinalou que o crescimento verde não é implicitamente inclusivo. “Para que as políticas e os investimentos se mantenham ao longo do tempo, será essencial que beneficiem todos os habitantes da região, priorizando os pobres”, acrescentou.

Não existe apenas uma única maneira de planejar o crescimento verde e inclusivo na ALC. No entanto, muitas respostas para o desafio de encontrar um meio de crescer de forma sustentável e inclusiva podem ser extraídas das próprias experiências da região. Políticas e investimentos direcionados podem impulsionar o crescimento econômico bem como ajudar a concretizar as aspirações da classe média em expansão de melhorar a sua qualidade de vida, criar oportunidades para os segmentos mais pobres e vulneráveis da sociedade e proteger os ativos ambientais da ALC.

Exemplos da adoção pela ALC de uma agenda de crescimento verde e inclusivo

Um impacto urbano reduzido e eficiente: Subsídios para o adensamento urbano com o objetivo de atrair pessoas para o centro das cidades e revitalizar suas economias estagnadas estão sendo utilizados agora em muitas metrópoles da ALC como na Cidade do México, em Lima e no Rio de Janeiro.

Expansão dos serviços urbanos básicos: Entre 2001 e 2008, 63 milhões de pessoas na região ganharam acesso aos serviços de coleta de lixo sólido, o que aumentou a taxa de cobertura de 81% para 93%.  

Veículos leves sobre pneus (VLPs): A ALC apresenta um rápido crescimento na taxa de propriedade de automóveis e ocupa também uma posição de liderança no mundo em desenvolvimento quanto à implementação de sistemas alternativos de transporte de massa em cidades importantes como Bogotá, Lima e a Cidade do México.

Expansão da geração de eletricidade com baixas emissões de carbono: Com um crescimento acima de 4% ao ano, a geração de eletricidade na ALC mais do que duplicou entre 1990 e 2009. O percentual de uso do gás natural na região aumentou de 10% em 1990 para 21% em 2009. Com o declínio da importância do petróleo e do diesel, o crescimento da geração de eletricidade na ALC provocou menos emissões de carbono do que em outras regiões.  

Ampliação das ações positivas da ALC com a agricultura sustentável: O pilar mais importante da estratégia de redução do impacto ambiental produzido pela agricultura da região foi a preservação da cobertura florestal já existente e o incentivo ao reflorestamento com espécies nativas onde for possível. A América Latina ocupou uma posição de liderança no uso de pagamentos diretos pela conservação das florestas, com programas nacionais implementados em diversos países e em estados brasileiros.


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COMUNICADO À IMPRENSA Nº
2012/492/LAC

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