REPORTAGEM

Equidade do Desenvolvimento É um Factor Crítico para a Continuação do Progresso no Combate à Pobreza

13 de maio de 2011


MAPUTO, 13 de Maio de 2011 – Numa viagem a Moçambique, o Director do Banco Mundial para a Gestão Económica e Redução da Pobreza na Região África, Marcelo Giugale, sublinhou a necessidade de que sejam estendidas a todos as oportunidades dos esforços de combate à pobreza.

“O mundo está lenta mas firmemente a ganhar a batalha contra a pobreza, mas é essencial não se perder a luta contra a desigualdade”, afirmou Giugale durante um seminário organizado em conjunto com um think tank local, no segundo dia da sua visita. “Com o crescimento mais rápido das nações em desenvolvimento, precisamos de assegurar um crescimento inclusivo, que crie maior igualdade de oportunidades, em especial para as gerações mais novas. A desigualdade polariza a política e cria instabilidade, o que pode desfazer os ganhos de desenvolvimento conseguidos a tanto custo”.

Giugale acrescentou que o conceito de igualdade de oportunidades pode ajudar a introduzir uma nova agenda de políticas sociais. Apresentou, em seguida, aos mais de 200 participantes, o Índice de Oportunidade Humana que proporciona uma ferramenta de medição do conceito e que pode ser utilizado como um roteiro pelos países em desenvolvimento, quando se deparam com a escolha difícil de decidir onde investir os dólares extra de uma forma mais estratégica.

A paragem em Moçambique, de 11 a 14 de Maio, foi parte de uma visita a três países que incluiu a África do Sul e as Maurícias. Na sua permanência em Moçambique, Giugale avistou-se com o Primeiro-Ministro Aires Ali, autoridades governamentais e parceiros de desenvolvimento. 

A estadia de Giugale incluiu também deslocações no terreno a um centro de formação especializado em engenharia eléctrica e que oferece programas individualizados de criação de capacidade aos trabalhadores de multinacionais a laborar em Moçambique, como por exemplo a fundição de alumínio Mozal da BHP Billiton, a brasileira Vale e a petroquímica sul-africana Sasol, três dos maiores investimentos pós-independência em Moçambique, que somam milhares de milhões de USD. Giugale visitou também micro empresas lideradas por mulheres nos arredores de Maputo, micro empresas de recolha de lixo urbano, parcerias público-privadas de sucesso e um mercado grossista. 

Giugale terminou a visita com uma entrevista frente a frente a um jornalista local de um grupo de comunicação de rádio, televisão e imprensa local, ao qual transmitiu as suas impressões globais da visita e desenvolveu os temas apresentados na conferência.


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