Opções melhores de transporte e infraestrutura beneficiarão aproximadamente 592 mil pessoas
WASHINGTON, 12 de abril de 2024 — O Conselho de Diretores do Banco Mundial aprovou hoje um novo investimento para atualizar os sistemas de transporte no estado de Santa Catarina, desenvolvendo uma rede integrada de mobilidade e transporte público em 11 municípios para conectar comunidades carentes a mais empregos, serviços públicos e outras oportunidades. Aproximadamente 592 mil pessoas se beneficiarão de melhores opções de transporte sustentável.
O Projeto Integrado de Mobilidade Sustentável na Região da Foz do Rio Itajaí (Promobis) se concentra nos municípios de Balneário Camboriú, Balneário Piçarras, Bombinhas, Camboriú, Ilhota, Itajaí, Itapema, Luiz Alves, Navegantes, Penha e Porto Belo, que compõem a Associação dos Municípios da Região Foz do Rio Itajaí (Amfri).
Atualmente, a região carece de uma rede integrada de transporte público que conecte a população entre os vários municípios. Os habitantes dependem predominantemente de automóveis particulares para se deslocarem para a escola, o trabalho e outros destinos. A rápida taxa de crescimento da motorização tem exacerbado as emissões de GEEs.
Para enfrentar esses problemas, o projeto desenvolverá o primeiro sistema de BRT (bus rapid transit, ou transporte rápido por ônibus) da região, que funcionará exclusivamente com ônibus elétricos e ajudará a concretizar o plano de mobilidade regional da Amfri. O projeto também investirá em medidas de segurança viária e na construção e manutenção de ciclovias, ciclofaixas e estruturas para pedestres. Essas melhorias serão instaladas ao longo do novo sistema de BRT para melhorar a acessibilidade e a conectividade de comunidades de renda baixa. Elas são particularmente significativas para as populações de renda mais baixa, bem como para as mulheres, os jovens, os refugiados, os migrantes e os indivíduos com dificuldades de mobilidade, que, muitas vezes, dependem mais do transporte público, de ciclovias e de calçadas para chegarem ao trabalho ou terem acesso a serviços vitais.
O projeto também criará um Centro de Controle do BRT para apoiar a gestão integrada de desastres e resposta a emergências. Em todas as fases, o projeto enfatizará a construção de infraestruturas que possam mitigar e resistir aos impactos das mudanças climáticas, reduzindo as emissões, melhorando a qualidade do ar e incentivando a transição do transporte privado para o transporte público.
No âmbito do projeto, o Banco Mundial também está realizando estudos para a construção de um túnel fluvial entre Navegantes e Itajaí, que, provavelmente, seria desenvolvido por meio de uma parceria público-privada (PPP) apoiada pelos municípios e pelo governo do estado.
“O Promobis representa, para a Região da Foz do Rio Itajaí, uma mudança de paradigma nos padrões de mobilidade intermunicipal. O conjunto de soluções a serem implementadas beneficiará indiscriminadamente todos os cidadãos da região, oferecendo mais qualidade de vida e maior sustentabilidade ambiental, promovendo o desenvolvimento econômico e gerando, assim, novos empregos e oportunidades de empreendedorismo. Não temos dúvidas de que o Promobis será o marco inicial de uma nova era de prosperidade”, afirmou Erico de Oliveira, prefeito de Ilhota e presidente do Consórcio Intermunicipal Multifuncional da Região Amfri (CIM-Amfri).
“Este é o primeiro projeto do Banco Mundial no Brasil realizado em colaboração com um consórcio de municípios, o que representa uma nova abordagem para fornecer apoio financeiro e experiência aos nossos clientes. A requalificação da mobilidade urbana na Foz do Rio Itajaí melhorará a vida das pessoas mais pobres e vulneráveis da região, que dependem mais que os outros do transporte público, da bicicleta e da mobilidade a pé para chegar a seus trabalhos, escolas, postos de saúde e outros serviços”, disse Johannes Zutt, diretor do Banco Mundial para o Brasil.
O projeto prevê um empréstimo de US$ 90 milhões do Banco Mundial, e os municípios contribuirão adicionalmente com US$ 30 milhões. Além disso, a previsão é que o projeto atraia outros US$ 42 milhões em investimentos do setor privado, além de um possível apoio financeiro do governo estadual (há negociações em andamento com o governo de Santa Catarina).
O empréstimo tem prazo de pagamento de 22 anos, incluindo um período de carência de 7 anos.
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