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COMUNICADO À IMPRENSA 17 de outubro de 2017

Mobilidade intergeracional melhora na América Latina e Caribe

Banco Mundial divulga novos dados que mostram como a educação contribuiu para a mobilidade

WASHINGTON, 17 de outubro de 2017 - A mobilidade econômica entre as gerações na América Latina e no Caribe (ALC) melhorou à medida que as pessoas agora são mais escolarizadas que seus pais. Porém, os mais pobres ainda são os mais propensos a permanecer os menos escolarizados, segundo uma nova nota do Banco Mundial divulgada hoje, no Dia Internacional de Erradicação da Pobreza.

Os níveis educacionais são um bom indicador de mobilidade econômica e social, uma vez que as pessoas com níveis mais altos e maior qualidade de educação geralmente têm melhores salários. A região da ALC está no topo da performance quanto a mobilidade intergeracional absoluta - a quantidade de indivíduos com mais escolarização que os pais - graças à grande expansão do acesso à educação nas últimas décadas. No entanto, a ALC está atrasada em relação a outras regiões em desenvolvimento quanto à mobilidade relativa, uma vez que os filhos de pais menos escolarizados têm maior probabilidade de serem também os menos escolarizados em sua própria geração.

"A ALC fez progressos notáveis ​​no acesso à educação, mas é necessário mais para melhorar a qualidade e aumentar o acesso das crianças das famílias rurais e indígenas mais pobres", disse Jorge Familiar, vice-presidente do Banco Mundial para a América Latina e o Caribe. "Sem maior qualidade e um alcance mais amplo na educação, o ciclo de pobreza intergeracional continuará".

A nota regional sobre Mobilidade Intergeracional é extraída da pesquisa para o relatório "Progresso Justo? Mobilidade educacional no mundo" (tradução livre), que deverá ser lançado em 2018, e cujos primeiros resultados foram divulgados hoje como uma prévia para marcar o Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza.

Na ALC, a frequência escolar varia muito entre os diferentes grupos socioeconômicos. Embora o ensino fundamental esteja praticamente universalizado na região, permanecem diferenças significativas na educação infantil, bem como no ensino médio e no superior. Apenas metade das crianças de três anos de idade das famílias mais pobres, por exemplo, frequentam a escola. Já entre as crianças de famílias com maior nível de renda, a proporção é de 90 por cento para a mesma faixa etária.

Os grupos marginalizados, incluindo os povos indígenas, enfrentam barreiras adicionais. Por exemplo, os povos indígenas são quase três vezes mais propensos a ser extremamente pobres do que os não-indígenas. Essas taxas de pobreza mais elevadas levam a um menor acesso à escolaridade para crianças indígenas.

"A contínua desigualdade entre os grupos continua a ser um problema", disse Oscar Calvo-Gonzalez, Gerente do Banco Mundial para Pobreza e Equidade da ALC. "O rendimento e a origem étnica ainda são fatores determinantes no desempenho dos alunos da região em avaliações internacionais, onde a posição socioeconômica continua a ter um impacto maior na pontuação da prova do que em outras partes do mundo".

No entanto, há boas notícias sobre os resultados dos testes do Programa de Avaliação Internacional de Estudantes (PISA, na sigla em inglês), em que a ALC fica atrás de outras regiões. Dos sete países da ALC que participaram do PISA, cinco melhoraram seu desempenho nas notas das provas de leitura entre 2009 a 2015. Além disso, também houve uma diminuição no efeito da origem socioeconômica sobre o desempenho dos alunos da ALC nas provas do PISA. Isso sugere que houve algum progresso no que diz respeito à mobilidade intergeracional e mostra que a qualidade da educação, e não apenas o acesso, será chave para a região continuar avançando.

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COMUNICADO À IMPRENSA Nº 2018/048/LAC

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