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COMUNICADO À IMPRENSA 10 de outubro de 2018

Se países agirem agora, as crianças nascidas hoje podem ser mais saudáveis, bem-sucedidas e produtivas

A América Latina avançou significativamente nos ganhos de capital humano, mas precisa fazer muito mais para melhorar a educação na região

BALI, Indonésia, 11 de outubro de 2018—Novo relatório do Banco Mundial lançado hoje

fornece aos dirigentes provas irrefutáveis de que entregar melhores resultados na saúde e no aprendizado de crianças pode alavancar significativamente os ganhos das pessoas - e dos países - com retornos no futuro.

O Índice de Capital Humano (ICH), divulgado durante as reuniões anuais do Banco Mundial e do FMI, mostra que 56% das crianças nascidas hoje em todo o mundo irão perder mais da metade dos seus ganhos potenciais na vida porque os governos, atualmente, não estão fazendo investimentos efetivos no seu povo para assegurar uma população saudável, educada e resiliente, pronta para os postos de trabalho do futuro.

O capital humano (conhecimento, habilidades e saúde que as pessoas acumulam ao longo de suas vidas) tem sido um fator fundamental por trás do crescimento econômico sustentável e das taxas de redução de pobreza de muitos países no século XX, especialmente no leste asiático.

Para as pessoas mais pobres, o capital humano é, frequentemente, o único capital que possuem, afirmou o presidente do banco mundial Jim Yong Kim. “O capital humano é o fator fundamental para crescimento econômico sustentável e inclusivo, mas os investimentos em saúde e educação não têm recebido a atenção que merecem. Esse índice cria uma linha direta entre a melhoria dos resultados em saúde e educação, produtividade e crescimento econômico. Espero que isso leve os países a tomar medidas urgentes e investir mais - e mais efetivamente - em sua população”.

O padrão está se elevando para todos,” acrescentou Kim. Construir o capital humano é fundamental para que todos os países de todos os níveis de renda possam competir na economia do futuro.

A pesquisa indica que a região da América Latina e o Caribe têm bons indicadores relativos à saúde de crianças, possui altos índices de sobrevivência de adultos e níveis relativamente baixos de atrofia mental. Ainda assim, os estudantes possuem notas menores em todos os assuntos mensurados no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA, na sigla em inglês) coletados pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Além disso, 20% dos jovens entre 15 e 24 anos não estão estudando ou trabalhando e comunidades vulneráveis, inclusive indígenas, têm taxas maiores de atraso devido à desnutrição crônica. Isso evidencia a necessidade de criar ambientes que permitam a criação de empregos, especialmente para jovens, mulheres e populações vulneráveis.

O Índice de Capital Humano mede a quantidade de capital humano que uma criança nascida hoje pode esperar atingir aos 18 anos, dados os riscos de saúde e educação deficientes que prevalecem no país onde ele ou ela vive. O índice mede a distância de cada país até a fronteira da educação completa e saúde total para uma criança nascida hoje. A medida inclui:

  • Sobrevivência – As crianças nascidas hoje irão sobreviver até a idade escolar?
  • Escola – qual será a escolaridade que elas concluirão e quanto irão aprender?
  • Saúde – Elas deixarão a escola com boa saúde, prontas para os próximos aprendizados e/ou para o trabalho como adultas?

O ICH reflete a produtividade de uma criança nascida hoje como trabalhador do futuro, comparada com o que seria se ele ou ela tivesse saúde total e educação completa e de alta qualidade, em uma escala de zero a um, com 1 sendo a melhor pontuação possível.  Um país que fizer 0,5 pontos, por exemplo, significa que seus indivíduos (e o país como um todo) estão na metade de seu potencial econômico futuro. Calculado por 50 anos, isso se traduz em profundas perdas econômicas: 1,4% de perdas anuais em crescimento do PIB.

O índice ranqueia onde cada país está agora em termos de produtividade dos trabalhadores da próxima geração. Dentro da América Latina e Caribe, o Chile teve enormes ganhos e lidera o ranking da região: uma criança nascida no Chile hoje terá 67% da produtividade no trabalho que teria caso tivesse acesso à educação e à saúde consideradas ideais. Em países como Argentina, Colômbia, Equador, México, Peru ou Uruguai, as crianças nascidas hoje terão cerca 60% da produtividade possível, considerando os mesmos parâmetros.

“A América Latina avançou significativamente no desenvolvimento humano nos últimos 25 anos, mas precisa fazer mais esforços para aprimorar a qualidade da educação, fornecer as habilidades necessárias para que a próxima geração seja bem-sucedida e avançar na participação feminina no mercado de trabalho”, destaca o Vice-Presidente do Banco Mundial para a Região, Jorge Familiar.

As evidências mostram que é possível progredir. A Polônia promulgou reformas educacionais entre 1990 e 2015 e experimentou uma das mais rápidas melhorias na pontuação PISA dentre os países da OCDE.  Recentemente, o Vietnã superou a pontuação média do PISA.  O Peru conseguiu reduzir pela metade sua taxa de desnutrição de 28% em 2005 para 14% em apenas oito anos. Entretanto, o índice mostra que ainda há muito a ser feito.

O índice é parte do Projeto Capital Humano do Grupo Banco Mundial, que reconhece o capital humano como fator que proporciona o crescimento inclusivo.  Além do índice, o Projeto Capital Humano inclui um programa para fortalecer a pesquisa e a mensuração do capital humano, assim como para apoiar os países para acelerar o progresso de resultados positivos nesse quesito.

Cerca de 28 países* de diversas regiões e diferentes níveis de renda expressaram interesse antecipado em participar do Projeto e nomearam pontos essenciais dentro de seus governos para trabalhar com o Grupo Banco Mundial. Esses países começaram a trabalhar no aumento do diálogo sobre as políticas de capital humano por toda linha ministerial de seus governos e na identificação de prioridades nacionais para acelerar o progresso do capital humano, baseado no plano de desenvolvimento próprio de cada país.

O Índice está incluído no próximo Relatório sobre o Desenvolvimento Mundial de 2019 sobre a natureza mutante do trabalho, que aborda a importância de se investir em capital humano para se preparar para o futuro do trabalho.

*Os 28 países que primeiro adotaram o programa foram Armênia, Butão, Costa Rica, Egito, Etiópia, Geórgia, Indonésia, Iraque, Jordânia, Quênia, Kuwait, Lesoto, Líbano, Malawi, Marrocos, Paquistão, Papua-Nova Guiné, Peru, Filipinas, Polônia, Ruanda, Arábia Saudita, Senegal, Serra Leoa, Tunísia, Ucrânia, Emirados Árabes, Uzbequistão

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Última atualização: 10 de outubro de 2018


COMUNICADO À IMPRENSA Nº 2019/067/LAC

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