COMUNICADO À IMPRENSA

Cidades na Linha de Frente da Ação Climática

31 de maio de 2011




Um bilhão de pessoas que vivem em favelas estão sujeitas a maiores riscos da
mudança climática, afirma novo relatório do Banco Mundial


SÃO PAULO, 31 de maio de 2011 – Uma reunião de cúpula de prefeitos de todo o mundo ouviu hoje que as populações urbanas de baixa renda dos países em desenvolvimento correm mais riscos ligados à mudança do clima por habitarem as áreas mais vulneráveis das cidades, expostas a deslizamentos, aumento do nível do mar e enchentes.

De acordo com um novo estudo do Banco Mundial, Climate Change, Disaster Risk and the Urban Poor (Mudança do Clima, Risco de Desastres e Pobres Urbanos), a exposição ao risco é frequentemente intensificada por vários fatores presentes em habitações informais urbanas, incluindo falta de infraestrutura adequada e serviços, construções inseguras, nutrição inadequada e saúde precária.

“Para pessoas demais que vivem nas cidades, as inundações e deslizamentos de terra são um fato da vida. A mudança climática vai piorar isso. Precisamos por as cidades na linha de frente da luta para a adaptação à mudança do clima e reduzir o risco de desastres,” afirmou Robert B. Zoellick, Presidente do Grupo Banco Mundial, que discursará na abertura da Cúpula de São Paulo, em 1º de junho.

“Muitas cidades já estão incluindo os riscos da mudança do clima no planejamento urbano e na sua gestão,” continuou Zoellick. “Mas se trata de uma tarefa de proporções gigantescas que exigirá a colaboração municipal, nacional e internacional, bem como um apoio financeiro sólido para os governos municipais do mundo inteiro.”

O relatório, apresentado hoje durante a Cúpula Climática C40 de Grandes Cidades em São Paulo, recomenda planejar para os riscos no nível comunitário, gerar capacidade institucional para a prestação de serviços básicos, integrar as políticas de redução do risco de desastres para os pobres no planejamento urbano, coordenar comunidades e governos locais para trabalharem em conjunto e abrir novas oportunidades de financiamento para as cidades.

O trabalho foi preparado para a Força-Tarefa dos Prefeitos sobre Mudança do Clima, Risco de Desastres e Pobres Urbanos, uma iniciativa lançada por Zoellick e os prefeitos de Dar es Salaam, Jacarta, Cidade do México e São Paulo na Cúpula do Clima de 2009 das Nações Unidas, realizada em Copenhague.

A Força-Tarefa apresentou suas conclusões hoje na Cúpula de São Paulo.

“Com freqüência, as cidades são assoberbadas pela quantidade e complexidade dos serviços que devem prestar. Além disso, dezenas de milhares de novos moradores chegam diariamente, exigindo moradia e serviços básicos, sobrecarregando a infraestrutura urbana. Acrescentar a mudança do clima aos desafios que já estão enfrentando é um peso enorme” afirmou Judy Baker, autora principal do estudo do Banco Mundial.

“Este novo relatório mostra como bons prefeitos estão direcionando suas cidades para se prepararem para os impactos inevitáveis da mudança do clima, que vão desde elevação do nível do mar a fenômenos climáticos mais severos e imprevisíveis,” afirmou Baker. “Os pobres sofrerão esses impactos primeiro e de forma mais intensa, razão pela qual não temos tempo a perder na preparação de comunidades para o futuro.”

A Cúpula de Grandes Cidades para o Clima (C40) é uma conferência bienal que reúne prefeitos do mundo inteiro para discutir ações e práticas no combate à mudança do clima.

A C40 é um grupo de grandes cidades empenhadas com o enfrentamento da mudança climática. O atual presidente do C40 é o Prefeito de Nova York, Michael R Bloomberg.  

 

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COMUNICADO À IMPRENSA Nº
2011/513/SDN

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