REPORTAGEM

Acordo “histórico” de Paris prepara o caminho para o Grupo Banco Mundial ajudar os países a cumprirem os compromissos relacionados com o clima

12 de dezembro de 2015


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It took over 2 months and more than 3,000 workers to build COP 21 conference center at le Bourget, near Paris. In picture, a replica of the Eiffel tower made out of recycle chairs. 

Photo: Max Edkins / World Bank

DESTAQUES DO ARTIGO
  • Com a aprovação de um acordo global na COP21 em Paris em 12 de dezembro, os países do mundo inteiro estão intensificando a ação sobre a mudança do clima a fim de atender à ambição do acordo.
  • Mais de 180 países assumiram compromissos nacionais de uma ação climática antes da COP21 e durante a mesma, incluindo mais de 130 países que trabalham com o Banco Mundial.
  • O Grupo Banco Mundial já está trabalhando com os países para ajudá-los a cumprir seus compromissos de Paris e está finalizando um Plano de Ação de Mudança do Clima para intensificar a integração da mudança do clima nas operações.

Com a aprovação do acordo sobre a mudança do clima em 12 de dezembro de 2015, o Grupo Banco Mundial está agindo rapidamente para ajudar os países a cumprirem os compromissos assumidos em Paris. 

Mais de 180 países fizeram Contribuições Intencionais Nacionalmente Determinadas (INDCs) à Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima da ONU (UNFCCC) no período de preparação ou durante a 21ª Conferência das Partes (COP21) em Paris.  As INDCs esclarecem o que os países planejam fazer para reduzir emissões e se adaptarem à mudança do clima.

O Grupo Banco Mundial trabalha com mais de 130 desses países.

“Acolhemos o acordo histórico que acaba de ser celebrado em Paris”, afirmou Jim Yong Kim, Presidente do Grupo Banco Mundial. “O mundo reuniu-se para criar um acordo que finalmente reflita a aspiração e a seriedade para preservar o planeta para as gerações futuras. O Grupo Banco Mundial está pronto para ajudar imediatamente e fará todo o possível para realizar essa visão.”

O Grupo Banco Mundial está agora finalizando o Plano de Ação da Mudança do Clima que ajudará a integrar considerações climáticas em todas as operações da instituição e tornar mais fáceis fornecer pacotes abrangentes de financiamento, assistência técnica e conhecimento para ajudar os países a se adaptarem à mudança do clima e passarem a uma economia de baixo carbono.

 

Ação climática integrada

O recente Relatório sobre Choques demonstra que a erradicação da pobreza e enfoque na mudança do clima não podem ser separados – se entregues a si mesmos, os impactos da mudança do clima poderão levar mais de 100 milhões de pessoas para a pobreza nos próximos 15 anos. Para impedir isso, o relatório propõe uma implementação imediata de um desenvolvimento “inteligentes em matéria de clima” e de medidas para adaptação aos impactos climáticos. 

Uma grande proporção do trabalho do Grupo Banco Mundial já está dedicada a esse desenvolvimento inteligente em matéria de clima e adaptação, inclusive investimentos e atividades em energia renovável e eficiência energética, gestão dos recursos naturais, desenvolvimento urbano de baixo carbono, agricultura resiliente e gestão sustentável de recursos hídricos. 

Pouco antes das conversações de Paris, o Banco Mundial anunciou o Plano Africano para Negócios Climáticos, que inclui US$ 16 bilhões em financiamento para ajudar os povos e países africanos a se adaptarem à mudança do clima e aumentar a resiliência do continente a choques climáticos. Deste montante US$ 5,7 bilhões deverão provir da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID), o setor do Grupo Banco Mundial que apoia os países mais pobres.  


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World Bank Group President Jim Yong Kim and Makhtar Diop, Vice President for Africa, present the Africa Climate Business Plan at COP21. They are joined by Jamal Saghir, Ali Bongo Ondimba, Faure Essozimna Gnassingbé, Macky Sall and Patrice Trovoada.

Photo: World Bank

" O mundo reuniu-se para criar um acordo que finalmente reflita a aspiração e a seriedade para preservar o planeta para as gerações futuras. O Grupo Banco Mundial está pronto para ajudar imediatamente e fará todo o possível para realizar essa visão. "
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Jim Yong Kim

Presidente do Grupo Banco Mundial

O Grupo Banco Mundial está usando as INDCs como base de discussão com os países sobre suas necessidades nacionais em matéria de ação climática e já está trabalhando em iniciativas que ajudem a cumprir esses compromissos.

Na Indonésia entre as principais áreas de enfoque do novo Mecanismo de Parceria com Países do Banco Mundial figuram energia renovável, panoramas, florestas e redução do risco de desastres.

No Senegal o Banco Mundial está ajudando a melhorar a resiliência por meio de gestão de inundações, agricultura inteligente em matéria de clima e trabalho de adaptação do litoral. Os cientistas desenvolveram sete espécies de sorgo e milhete-pérola de alto rendimento, maturação antecipada e resistentes à seca, adaptados às condições locais de cultivo. 

No Marrocos um novo compromisso de US$ 150 milhões ajudará agricultores pobres e vulneráveis com tecnologias de irrigação mais eficientes para que possam enfrentar a crescente variabilidade no suprimento de água.

As cidades estão onde estiverem as emissões, responsáveis por mais de 70% do consumo de energia e emissões de gases de efeito estufa relacionados com a energia. Em 2015 o Banco Mundial proporcionou mais de US$ 3 bilhões em financiamento e assistência técnica para ajudar clientes a construírem cidades inteligentes em matéria de clima. No Brasil o Banco Mundial está apoiando transporte urbano sustentável no Rio de Janeiro por meio de empréstimos para investimento, empréstimos para desenvolvimento de políticas e assistência técnica.

“Além de Paris, os países estão procurando parceiros confiáveis para tornar compromissos em financiamento e financiamento em ação,” afirmou John Roome, Diretor Sênior de Mudança do Clima no Grupo Banco Mundial.  “O Grupo Banco Mundial já está no terreno e atuando em prol desses países.”

 

De bilhões a trilhões

Para atender à demanda crescente desse trabalho, o Grupo Banco Mundial comprometeu-se a aumentar a parcela de sua carteira dedicada ao financiamento climático, dos atuais 21% para 28% nos próximos cinco anos.  Com a inclusão do financiamento oriundo de outros parceiros e do financiamento do setor privado associado, esse financiamento se elevaria a um montante potencial de US$ 29 bilhões por ano até 2020. 

Ao mesmo tempo os fundos públicos serão sumamente eficazes se catalisarem um investimento privado significativo.  O financiamento requerido para a transição a uma economia de baixo carbono e resiliente é contado em trilhões, não em bilhões de dólares. As iniciativas climáticas do Banco Mundial são estruturadas para criar ambientes estáveis de políticas, instituições sólidas e tramitações de projetos necessários para aumentar o investimento em uma ordem de magnitude. 

Em 2015 a Corporação Financeira Internacional (IFC), ramo do setor privado do Grupo Banco Mundial, fez investimentos de US$ 2,3 bilhões relacionados com o clima, cobrindo 103 projetos em 31 países e mobilizando outros US$ 2,2 bilhões de investidores privados.

O Grupo Banco Mundial está também examinando formas de criar incentivos de cortes de larga escala em emissões mediante a ampliação e o aprofundamento dos mercados de carbono. Desde o início do primeiro fundo do carbono de apoio há uma década, o Grupo Banco Mundial levantou US$ 4,36 bilhões por meio de 18 fundos e iniciativas de carbono, apoiando 145 projetos ativos em mais de 75 países clientes.


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