COMUNICADO À IMPRENSA

Políticas inteligentes produzem benefícios econômicos, climáticos e para a saúde

23 de junho de 2014


Desenvolvimento Climático Inteligente: Aumentando os benefícios das ações que ajudam a construir a prosperidade, exterminar a pobreza e combater a mudança climática

WASHINGTON D.C., 23 de junho de 2014 – Políticas governamentais que melhoram a eficiência energética e o transporte público podem aumentar a produção econômica e global em mais de US$ 1,8 trilhão por ano e também salvar vidas, reduzir a perda de cultivos e enfrentar a mudança climática, de acordo com uma nova análise divulgada hoje pelo Banco Mundial e pela ClimateWorks Foundation.

O relatório “Aumentando os Benefícios”, divulgado antes da Cúpula do Clima do Secretário-Geral da ONU a realizar-se em setembro, mostra os ganhos potenciais econômicos, para a saúde e outros ganhos decorrentes da ampliação de políticas climáticas inteligentes, bem como projetos já em andamento em países em desenvolvimento como o Brasil, Índia e México. O relatório ressalta a necessidade de tomar ação urgente em matéria de mudança climática.

As conclusões do relatório mostram claramente que as escolhas de políticas corretas podem produzir benefícios significativos para a vida, emprego, cultivos, energia e PIB – bem como reduções de emissões para combater a mudança climática, afirmou Jim Yong Kim, Presidente do Grupo Banco Mundial.  “A Cúpula do Clima oferece uma oportunidade crítica para os líderes mundiais ficarem do lado correto da história, promoverem ação ambiciosa que não somente reduza a poluição do carbono, mas também gere empregos e oportunidade econômica.”

O relatório enfoca cinco países – Brasil, China, Índia, México e Estados Unidos – mais a União Europeia.  Utiliza uma estrutura de modelo para examinar os benefícios significativos que as políticas ambiciosas de redução climática podem gerar nos setores de transportes, indústria e construção, bem como em matéria de dejetos e combustíveis destinados à culinária. 

Segundo o relatório, as políticas governamentais que incentivam a passagem para transportes limpos e maior eficiência energética em fábricas, edifícios e eletrodomésticos podem aumentar o PIB em cerca de US$ 1,8 trilhão a US$ 2,6 trilhões até 2030.

Ao mesmo tempo, as políticas podem evitar aproximadamente 94.000 mortes prematuras decorrentes de doenças relacionadas com a poluição em 2030, bem como prevenir a produção de emissões de gases de efeito estufa em praticamente o equivalente a tirar das ruas dois bilhões de carros.  Se plenamente implementado, o conjunto de ações de políticas normativas, tributárias e de outra natureza, descrito no relatório poderia responder por 30% do total de emissões necessário em 2030 para limitar o aquecimento global a 2º centígrados.

 “Estamos cientes de que os próximos anos serão críticos para estabelecer a política e soluções de mercado necessárias para evitar uma mudança climática perigosa,” afirmou Charlotte Pera, Presidente e Diretora Executiva da ClimateWorks Foundation. “Este relatório mostra que iniciativas de mitigação climática bem formuladas podem resultar em importantes benefícios econômicos e sociais, bem como proporcionar uma estrutura para avaliar esses benefícios.

O relatório “Aumentando os benefícios” também simula uma ampliação de três projetos existentes (e um cenário na China) para determinar seu impacto potencial em 20 anos no trânsito rápido de ônibus na Índia, gestão de dejetos sólidos no Brasil, gestão de resíduos agrícolas no México e fogões limpos na China. Conclui que os benefícios agregados devem incluir mais de um milhão de vidas salvas, cerca de 1 milhão a 1,5 milhão de toneladas de perdas de cultivos e cerca de 200.000 empregos criados. Esses projetos podem reduzir emissões equivalentes de CO2 de 355 milhões a 520 milhões de toneladas métricas, praticamente equivalente a fechar de 100 a 150 usinas de energia elétrica alimentadas a carvão.

No nível nacional:

  • Se a Índia construir 1.000 quilômetros de novas linhas de trânsito rápido de ônibus poderá salvar 27.000 vidas em virtude da redução de acidentes e poluição do ar e criar 128.000 empregos.
  • Se o Brasil enviar todos os dejetos sólidos a aterros sanitários, onde a coleta de gás metano e biogás produziu eletricidade, poderá criar 44.000 novos empregos e aumentar o PIB nacional em mais de US$ 13,3 bilhões.
  • Se o México equipar 90% de suas criações de suínos e laticínios com sistemas de biogás e energia solar poderá reduzir o uso de energia agrícola em 11%, criar 1.400 empregos e aumentar o PIB nacional em US$ 1,1 bilhão.
  • Se a China distribuir 70 milhões de fogões limpos, poderá evitar cerca de mais de um milhão de mortes prematuras, colher quase US$ 11 bilhões em benefícios econômicos e criar 22.000 empregos.

O relatório descreve um caminho promissor para os países empenhados em avançar as prioridades de desenvolvimento local, buscando ao mesmo tempo um crescimento resistente ao clima e de baixo carbono à luz dos desafios da mudança climática. 

“Os governos deveriam examinar atentamente as evidências expostas neste relatório”, afirmou Rachel Kyte, Vice-Presidente do Grupo Banco Mundial e Emissária Especial para Mudança Climática.  “Reforça o caso econômico da ação sobre a inação em matéria de mudança climática. O relatório mostra que a ação climática não requer sacrifício econômico ou, em outras palavras, a boa custódia econômica pode produzir enormes recompensas climáticas.”

Sobre a ONU: Cúpula do Clima:

Como parte do esforço global para mobilizar ação e ambição em matéria de mudança climática, o Secretário-Geral da ONU Ban-Ki-moon convidou Chefes de Estado e de Governo, juntamente com líderes de empresa, de instituições financeiras, sociedade civil e líderes locais a uma Cúpula do Clima a realizar-se em 23 de setembro de 2014 em Nova Iorque. A Cúpula do Clima visa a catalisar ação por parte dos governos, empresas, instituições financeiras, indústria e sociedade civil nas áreas de novos compromissos e contribuições substanciais, escaláveis e replicáveis que ajudem o mundo a adotar uma economia de baixo carbono. Ocorre um ano antes de os países celebrarem um acordo climático global em 2015 no âmbito da Convenção-Quadro sobre Mudança Climática.



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COMUNICADO À IMPRENSA Nº
2014/587/CCG

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