Já antes da Rio-92 havia um reconhecimento crescente de que o PIB por si só não seria uma medida suficiente do progresso rumo ao desenvolvimento sustentável. O PIB leva em conta apenas uma parte da performance econômica – a produção – e nada diz a respeito da riqueza e dos ativos que dão suporte a esse desempenho. Por exemplo, quando um país explora seus minérios, está na realidade esgotando seus recursos. A mesma noção se aplica à exploração excessiva da pesca ou à degradação dos recursos hídricos.
Depender somente do PIB para avaliar o desempenho econômico pode ser um caminho equivocado: ao esgotar seus recursos, os países até podem crescer em pouco tempo, mas também comprometem o crescimento de longo prazo.
A recente adoção, por parte da Comissão de Estatísticas da ONU, do Sistema de Contas Ambientais e Econômicas (SEEA) como método para contabilizar recursos naturais, tais como minérios, madeira e pesca, é um passo de grande importância.
A Rio+20 é uma oportunidade para os países e o setor privado intensificarem seus compromissos com a contabilização abrangente da riqueza e a edição de relatórios integrados. Várias instituições financeiras já assinaram a Declaração de Capital Natural e muitas empresas aderiram a iniciativas de emissão de relatórios integrados, que as ajudam a levar em conta a biodiversidade e o respeito pelo meio ambiente na tomada de decisões gerenciais.