Para enfrentar os vários impactos de uma seca atual multianual que se iniciou em 2012, o Governo Brasileiro, liderado pelo Ministério da Integração Nacional, solicitou assistência técnica do Banco Mundial (BM) em 2013 para fomentar uma discussão sobre políticas e gestão de seca proativas, e ajudar parceiros federais e do Nordeste a desenvolver instrumentos e processos que possam ancorar mudanças profundas na gestão de secas. Outras instituições também já vinham expressando grande interesse na questão, como a Agência Nacional de Águas (ANA), o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (APAC), a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (FUNCEME) e o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA).
Inspirado em modelos de sucesso e lições de países como EUA, México e Espanha, que apoiaram a iniciativa, o desenho da Assistência Técnica baseou-se nos "três pilares da preparação para as secas": (i) monitoramento e alerta precoce; (ii) avaliação de impacto e de vulnerabilidade; e (iii) mitigação e planejamento e gestão da resposta.
Por meio de oficinas técnicas regionais, estudos e pesquisas, visitas de campo e treinamentos, os parceiros compartilharam conhecimentos, comunicaram, discutiram e validaram os avanços realizados, estabeleceram prioridades e decidiram sobre responsabilidades e arranjos institucionais. Nesse processo participativo e por meio de intensa colaboração, as instituições envolvidas se apropriaram das ferramentas desenvolvidas, ao mesmo tempo em que se fortaleceram institucionalmente.
Ao longo de quase três anos, mais de 180 profissionais de pelo menos 55 parceiros regionais e federais das áreas de clima/meteorologia, água e saneamento, agricultura, meio ambiente e gestão de risco de desastres reuniram-se e colaboraram para: (i) desenhar e implementar um Monitor de Secas para o Nordeste do Brasil; (ii) desenhar e implementar cinco planos de preparação para as secas e estudos de caso em distintos cenários e escalas (agricultura de sequeiro, gestão de sistema hídrico para abastecimento urbano, gestão de um pequeno açude com múltiplos usos e bacia hidrográfica); e (iii) discutir e sistematizar diretrizes e princípios para informar uma política nacional de secas.
Para compartilhar esses e outros resultados obtidos no âmbito da Assistência Técnica, que contribuem para uma gestão proativa de secas, o Banco Mundial convida para um seminário a ser realizado no dia 20 de junho de 2016 em Brasília/DF.
Além da introdução da Assistência Técnica, a agenda inclui a apresentação dos processos e resultados obtidos ao longo dos três anos de assistência técnica, assim como a discussão das lições aprendidas e desafios para o futuro.