O crescimento global deve desacelerar para 4,1% em 2022 como reflexo de novos surtos de COVID-19, menor apoio fiscal e persistentes gargalos de oferta. Apesar das projeções de que, nas economias avançadas, a produção e o investimento devam retornar às tendências pré-pandemia já no próximo ano, os níveis permanecerão consideravelmente mais baixos nos economias de mercados emergentes e em desenvolvimento (EMDEs). Os riscos de baixa global incluem um ressurgimento sincronizado da pandemia, novas interrupções nas cadeias de suprimentos, uma desaceleração das expectativas de inflação, estresse financeiro inesperado e possíveis desastres relacionados ao clima. Os formuladores de políticas públicas dos EMDEs enfrentam desafios relacionados ao aumento das pressões inflacionárias e à restrição do espaço fiscal. No longo prazo, os EMDEs precisarão implementar reformas que mitiguem sua vulnerabilidade aos choques de commodities, reduzam a desigualdade e aumentem a preparação para crises.
2019 | 2020 | 2021e | 2022p | 2023p | |
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Mundo | 2.6 | -3.4 | 5.5 | 4.1 | 3.2 |
Economias avançadas | 1.7 | -4.6 | 5.0 | 3.8 | 2.3 |
Economias Emergentes e em Desenvolvimento | 3.8 | -1.7 | 6.3 | 4.6 | 4.4 |
Leste Asiático e Pacífico | 5.8 | 1.2 | 7.1 | 5.1 | 5.2 |
Europa e Ásia Central | 2.7 | -2.0 | 5.8 | 3.0 | 2.9 |
América Latina e Caribe | 0.8 | -6.4 | 6.7 | 2.6 | 2.7 |
Oriente Médio e Norte da África | 0.9 | -4.0 | 3.1 | 4.4 | 3.4 |
Sul da Ásia | 4.4 | -5.2 | 7.0 | 7.6 | 6.0 |
África Subsaariana | 2.5 | -2.2 | 3.5 | 3.6 | 3.8 |
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Em 2022-23, o crescimento na maioria das regiões de economias de mercados emergentes e em desenvolvimento (EMDEs) deve retornar às taxas médias observadas na década anterior à pandemia. Tal ritmo de crescimento não será suficiente para recuperar os retrocessos na produção observados durante a pandemia. Até 2023, a expectativa é que a produção permaneça abaixo das tendências pré-pandemia em todas as regiões de EMDEs, o que contrasta com as economias avançadas, nas quais se projeta que o hiato será reduzido. A Europa e a Ásia Central serão as regiões mais próximas de sua trajetória pré-pandemia, e o Sul da Ásia, a mais distante. Os riscos para as perspectivas regionais tendem para o lado negativo, com surtos repetidos de COVID-19; avanço lento da vacinação; estresse financeiro; preços de commodities mais baixos que os esperados; tensões geopolíticas e instabilidades sociais; insegurança alimentar; e interrupções e danos causados por condições meteorológicas extremas.
Leste da Ásia e Pacífico: Previsão de desaceleração do crescimento para 5.1% em 2022 antes de subir ligeiramente para 5.2% em 2023. Para mais detalhes, veja o Panorama Regional (i).
Europa e Ásia Central: Previsão de desaceleração do crescimento para 3% em 2022 e 2.9% em 2023. Para mais detalhes, veja o Panorama Regional (i).
América Latina e Caribe: Previsão de desaceleração do crescimento para 2.6% em 2022 antes de aumentar ligeiramente para 2.7% em 2023. Para mais detalhes, veja o Panorama Regional.
Oriente Médio e Norte da África: Previsão de crescimento para 4.4% em 2022 antes de diminuir ligeiramente para 3.4% em 2023. Para mais detalhes, veja o Panorama Regional (i).
Sul da Ásia: Previsão de crescimento para 7.6% em 2022 antes de diminuir ligeiramente para 6% em 2023. Para mais detalhes, veja o Panorama Regional (i).
África Subsaariana: Previsão de um ligeiro aumento para 3.6% em 2022 seguido de outro aumento para 3.8% em 2023. Para mais detalhes, veja o Panorama Regional.