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COMUNICADO À IMPRENSA 3 de outubro de 2018

O crescimento na África Subsaariana é mais lento do que o esperado

São necessários investimentos nos sectores sem recursos, empregos, empresas eficientes e trabalhadores.

WASHINGTON, 3 de Outubro, 2018 - As economias da África Subsaariana ainda estão a recuperar, mas o crescimento é mais lento do que o esperado, de acordo com a edição da "Africa's Pulse" do mês de Outubro 2018, a análise bianual do estado das economias Africanas feita pelo Banco Mundial, lançada hoje. Estima-se que a taxa média de crescimento na região seja de 2,7 porcento em 2018, o que representa uma ligeira subida em relação aos de 2,3 porcento em 2017.

"A recuperação económica da região está em curso, mas a um ritmo mais lento do que o esperado," disse Albert Zeufack, economista chefe do Banco Mundial para África. "Para acelerar e sustentar um impulso de crescimento inclusivo, os legisladores devem continuar a concentrar-se nos investimentos que fomentem o capital humano, reduzam a má alocação de recursos e aumentem a produtividade. Os legisladores da região devem estar equipados para conseguirem gerir os riscos que surjam das alterações na composição dos fluxos do capital e do endividamento."

O crescimento lento reflete parcialmente um ambiente externo menos favorável para a região. O comércio global e a atividade industrial perderam impulso, os preços dos metais e dos produtos agrícolas caíram devido às preocupações existentes com as tarifas comerciais e o enfraquecimento das perspectivas da procura. Apesar dos preços do petróleo serem susceptíveis a subirem em 2019, os preços dos metais podem permanecer baixos devido a uma procura moderada, especialmente na China. As pressões do mercado financeiro intensificaram-se nalguns mercados emergentes e as preocupações com as dívidas denominadas em dólares aumentaram como consequência de um USD mais forte.

O ritmo mais lento da recuperação na África Subsaariana (0,4 pontos percentuais inferiores à previsão de abril) é explicado pela lenta expansão das três maiores economias da região. A redução da produção de petróleo em Angola e na Nigéria é compensado pelos preços mais altos do petróleo e, na África do Sul, o fraco crescimento do consumo das famílias foi agravado por uma contração na agricultura.  O crescimento na região (com exceção de Angola, Nigéria e África do Sul) foi estável. Vários exportadores de petróleo na África Central foram ajudados pelos preços mais elevados do petróleo e um aumento na produção de petróleo. A actividade económica manteve-se sólida nos países em rápido crescimento e com poucos recursos, como a Costa do Marfim, Quénia e o Ruanda, apoiados pela produção agrícola e serviços relacionados com a produção, e consumo dos agregados familiares e o investimento público do lado da procura.

A dívida pública manteve-se elevada e continua a aumentar nalguns países. A vulnerabilidade demonstrada em relação às moedas mais fracas e o aumento das taxas de juros, associada com as alterações na composição da dívida, podem aumentar o risco da sustentabilidade da dívida pública. Os outros riscos domésticos incluem as derrapagens fiscais e choques climáticos. Consequentemente, existe a necessidade para mais políticas e reformas que possam fortalecer a resiliência aos riscos e aumentar o crescimento potencial a médio prazo.

O tópico especial desta edição da "Africa's Pulse" examina a baixa produtividade do trabalho da Africa Subsaariana. "As reformas devem incluir políticas que estimulem os investimentos nos sectores sem recursos, que geram empregos e melhoram a eficácia das empresas e trabalhadores," disse Cesar Calderon, Economista chefe e autor principal do relatório.


COMUNICADO À IMPRENSA Nº 2018/020/AFR

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