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COMUNICADO À IMPRENSA17 de fevereiro de 2023

Investir no Capital Humano, na Governação e no Setor Empresarial é fundamental para o Desenvolvimento Sustentável da Guiné-Bissau

BISSAU, 17 de fevereiro de 2023 - Reforçar a governação, investir no capital humano com enfoque na educação, e melhorar o clima empresarial são pilares fundamentais para que a Guiné-Bissau saia do ciclo de fragilidade rumo a um crescimento sustentável e inclusivo, e para que faça progressos em termos de igualdade de género. Estas são as principais recomendações do “Economic Update” e do “Country Economic Memorandum” (i), dois novos relatórios lançados pelo Banco Mundial na Guiné-Bissau.

Com um historial de instabilidade política, a Guiné-Bissau é caracterizada por fragilidade institucional, por uma fraca base de capital humano, por um setor privado "ausente", e por uma economia pouco diversificada, altamente vulnerável a choques e dependente de uma única cultura de caju. Apesar de ter a maior proporção de riqueza natural per capita da África Ocidental, a pobreza e a desigualdade permanecem elevadas na Guiné-Bissau. Após o desaceleramento económico do país em 2022, dois terços da população vivem abaixo do limiar internacional da pobreza de 1,90 dólares por dia, e um terço vive em extrema pobreza, com 1,25 dólares ou menos por dia.

"A pandemia da COVID-19 e o impacto da invasão russa da Ucrânia revelaram as vulnerabilidades da economia do país a choques externos. É importante que a Guiné-Bissau implemente reformas estruturais a médio prazo para apoiar a recuperação económica e melhorar o capital humano e os indicadores de igualdade de género, reforçando a resiliência do país", disse Anne-Lucie Lefebvre, Representante Residente do Banco Mundial na Guiné-Bissau.

Na Guiné-Bissau, a inflação mais do que duplicou em 2022, devido aos elevados custos das importações de alimentos e energia, que limitaram o consumo privado e contribuíram para um crescimento económico mais lento. O fraco desempenho das exportações de caju tem limitado as receitas fiscais, e as despesas correntes mais elevadas do que o esperado, especialmente nas contas salariais, levaram a um elevado défice fiscal e a um aumento da dívida. Contudo, as autoridades estão empenhadas na consolidação fiscal para assegurar a sustentabilidade a médio prazo, e, apesar do fraco desempenho da campanha de caju de 2022, espera-se que a campanha de 2023 seja forte e apoie um crescimento económico real de 4,5%.

"A análise do relatório é oportuna à medida que o governo envereda por um caminho de consolidação fiscal, continuando simultaneamente a financiar adequadamente os setores sociais. O desenvolvimento do capital humano pode ajudar a estabelecer uma base sólida para melhorar a igualdade de género a nível nacional e apoiar o crescimento a longo prazo, sustentável e inclusivo. Os dividendos do capital humano para a Guiné-Bissau incluem uma melhor governação e prestação de serviços públicos, novas fontes de geração de rendimentos, criação de emprego e diversificação económica, bem como o desenvolvimento de uma mão-de-obra competitiva e melhores oportunidades para meninas e mulheres", diz Patrick McCartney, Economista do Banco Mundial e principal autor do “Economic Update”.

Os dois relatórios apresentam uma visão abrangente do setor económico do país e dos seus constrangimentos e oferecem recomendações para o desenvolvimento pós COVID-19, centrando-se em políticas que podem estimular uma rápida recuperação e apoiar um crescimento sustentável e inclusivo.

"Uma consolidação fiscal gradual que deixa espaço suficiente para despesas sociais e investimento público é fundamental para restaurar a sustentabilidade da dívida e impulsionar o crescimento. A consolidação fiscal deve concentrar-se na racionalização da despesa, especialmente na massa salarial, na melhoria das receitas e na gestão da dívida, e em reformas estruturais fundamentais, particularmente no setor das empresas estatais, para expandir a prestação de serviços e atuar como uma força motriz importante da diversificação económica", diz Theo Thomas, Gestor do Banco Mundial para a Macroeconomia, Comércio e Investimento na África Ocidental e Central.

COMUNICADO À IMPRENSA Nº 2023/046/AFW

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