COMUNICADO À IMPRENSA

Banco Mundial e GEF recebem prêmio do Departamento do Tesouro Americano por ajudarem a proteger a Amazônia

7 de junho de 2012




A iniciativa de conservação da maior floresta tropical do mundo contribuiu para uma redução, durante quatro anos, das taxas de desmatamento no Brasil

WASHINGTON, 7 de junho de 2012 – A iniciativa de conservação da maior floresta tropical do mundo, um projeto conjunto do Banco Mundial e do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), recebeu hoje o prêmio inaugural Homenagem a Impactos do Desenvolvimento (Development Impact Honors) do Departamento do Tesouro dos EUA por ajudar o Brasil a reduzir as taxas de desmatamento durante um período de quatro anos. O prêmio do Tesouro para o Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) reconhece os projetos efetivos implementados pelos bancos multilaterais de desenvolvimento que promovem o crescimento e atendem às necessidades das populações pobres e vulneráveis no mundo inteiro.

A criação das áreas protegidas exerce um importante impacto na redução do desmatamento, por meio de medidas de políticas claras e de fiscalização ambiental, do apoio às populações tradicionais, do redirecionamento da ocupação territorial e ao tornar mais atraentes os empreendimentos voltados para a preservação. Quando todas as fases do ARPA tiverem sido concluídas, o programa abrangerá uma área 50% maior do que os parques nacionais dos EUA, por uma fração do custo.

O programa ARPA, implementado pelo Banco Mundial, compreende duas fases que são financiadas com doações do GEF no valor de US$46 milhões. O ARPA é uma iniciativa de longo prazo, lançada em  2002 em Joanesburgo, na África do Sul,  em  uma  parceria  entre o Governo do Brasil, Fundo Brasileiro para Biodiversidade (Funbio), Banco Mundial, GEF, Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e o Banco Alemão de Desenvolvimento (KfW).

“Nós nos sentimos muito honrados por este reconhecimento e privilegiados por ter a oportunidade de estabelecer uma parceria com o Brasil e com outros países no sentido de preservar as florestas da Amazônia para as gerações presentes e futuras”, disse Sri Mulyani Indrawati, diretora gerente do Banco Mundial, na cerimônia de entrega do prêmio. “O programa ARPA é inovador e produziu resultados de uma forma sem precedentes. Por meio do ARPA, fomos capazes de apoiar os esforços do Brasil de redução do desmatamento e adquirimos uma valiosa experiência que poderá ser compartilhada em todo o mundo”.

“Esse esforço representa uma demonstração inédita das sinergias entre a proteção da biodiversidade das florestas tropicais, a redução das emissões causadas pelo desmatamento e o apoio aos meios de subsistência sustentáveis das comunidades locais”, disse Monique Barbut, presidente e diretora executiva do GEF. “As duas fases do ARPA estão garantindo a proteção de quase 70 milhões de hectares de florestas, que poderão economizar mais de 1,1 bilhão de toneladas de emissões de dióxido de carbono até 2050”.

Em conjunto, essas florestas cobrem uma área maior do que o estado americano do Texas ou a Ucrânia, armazenam mais de 4,6 bilhões de carbono, ou cerca de 18% do estoque total de carbono da Amazônia, e abrigam um número incontável de espécies de plantas e animais. Desde o seu início, o ARPA foi responsável por 37% da redução do desmatamento no país e pela criação de 46% de todas as áreas protegidas no mundo. A primeira fase do programa (2003-2008), apoiada por subsídios do GEF no valor de US$30 milhões, criou 24 milhões de hectares de novas áreas protegidas, o que ajudou a conservar a biodiversidade, produzir conhecimento sobre a Amazônia e estimular o respeito aos direitos da população local.

A segunda fase do programa, que conta com US$16 milhões em doações do GEF e está em processo de implementação, criará 13,5 milhões de hectares de novas áreas protegidas adicionais nos próximos quatro anos  (uma area maior do que a Grécia), que compreende parques, reservas biológicas, estações ecológicas, reservas extrativas e centros de desenvolvimento sustentável. Essa fase também contribuirá para consolidar 32 milhões de hectares de áreas já existentes.

Com uma extensão de 4,1 milhões de km2, a Amazônia brasileira é a maior floresta tropical contínua do mundo, proporciona benefícios globais e essenciais ao meio ambiente em termos de biodiversidade, sequestro de carbono e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Abriga também 24 milhões de pessoas que possuem uma renda abaixo da média nacional e vivem em condições menos urbanizadas do que o restante do país.

Devido à matriz energética limpa do Brasil, as emissões de carbono provenientes do desmatamento e das mudanças no uso do solo representam 45% do total anual do país. Foram implementadas diversas estratégias para combater a destruição da floresta e o estabelecimento das áreas protegidas demonstrou ser uma iniciativa muito eficiente.

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Sobre o GEF e o Banco Mundial

O Fundo Global para o Meio Ambiente  (Global Environment Fund, GEF) reúne 182 países em parceria com instituições internacionais, organizações da sociedade civil (OSCs) e o setor privado com o objetivo de responder os desafios ambientais em todo o mundo e de apoiar iniciativas nacionais de desenvolvimento sustentável. O GEF é hoje o maior financiador público de projetos que visam melhorar o meio ambiente global, concedendo subsídios para iniciativas relacionadas à biodiversidade, às mudanças climáticas, às águas internacionais, à degradação do solo, à camada de ozônio e aos poluentes orgânicos persistentes. Desde 1991, o GEF contribuiu com doações no valor de US$10,5 bilhões e levantou US$51 bilhões em co-financiamento para  2.700 projetos em mais de 165 países. Para mais informações, por favor, visite www.thegef.org.

O Banco Mundial é uma das entidades implementadoras que apoia os países na elaboração dos projetos co-financiados pelo GEF e na supervisão de sua implantação. O principal papel do Banco é garantir o desenvolvimento e a gestão dos projetos de investimento. A instituição se beneficia da sua experiência em matéria de investimento nos países elegíveis para promover oportunidades de investimento e mobilizar recursos da iniciativa privada, bilaterais e multilaterais, bem como governamentais e não governamentais que sejam compatíveis com os objetivos do GEF e com as estratégias nacionais de desenvolvimento sustentável.

 

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RECURSOS

COMUNICADO À IMPRENSA Nº
2012/501/LAC

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