REPORTAGEM

Rio+20: o capital natural precisa ser levado em conta

15 de junho de 2012

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Pesca: a exploração excessiva pode levar ao esgotamento de um importante recurso natural.

© Arne Hoel / World Bank

DESTAQUES DO ARTIGO
  • A medição da riqueza dos países deve incluir os recursos naturais existentes e a forma como eles são explorados
  • O crescimento econômico de longo prazo pode ficar comprometido se os recursos naturais de determinado país se esgotarem
  • No setor privado, os relatórios integrados incentivam a consciência ambiental a cada tomada de decisões

Já antes da Rio-92 havia um reconhecimento crescente de que o PIB por si só não seria uma medida suficiente do progresso rumo ao desenvolvimento sustentável. O PIB leva em conta apenas uma parte da performance econômica – a produção – e nada diz a respeito da riqueza e dos ativos que dão suporte a esse desempenho. Por exemplo, quando um país explora seus minérios, está na realidade esgotando seus recursos. A mesma noção se aplica à exploração excessiva da pesca ou à degradação dos recursos hídricos.

Depender somente do PIB para avaliar o desempenho econômico pode ser um caminho equivocado: ao esgotar seus recursos, os países até podem crescer em pouco tempo, mas também comprometem o crescimento de longo prazo.

A recente adoção, por parte da Comissão de Estatísticas da ONU, do Sistema de Contas Ambientais e Econômicas (SEEA) como método para contabilizar recursos naturais, tais como minérios, madeira e pesca, é um passo de grande importância.

A Rio+20 é uma oportunidade para os países e o setor privado intensificarem seus compromissos com a contabilização abrangente da riqueza e a edição de relatórios integrados. Várias instituições financeiras já assinaram a Declaração de Capital Natural e muitas empresas aderiram a iniciativas de emissão de relatórios integrados, que as ajudam a levar em conta a biodiversidade e o respeito pelo meio ambiente na tomada de decisões gerenciais.


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