A economia brasileira tem demonstrado resiliência, com crescimento médio superior a 3% nos últimos três anos. O consumo privado robusto — sustentado por transferências sociais — impulsionou a demanda, enquanto serviços e agricultura lideraram a expansão do lado da oferta. Um mercado de trabalho em crescimento contribuiu para a redução da pobreza e da desigualdade.
Para sustentar o crescimento em meio a mudanças demográficas, o Brasil precisa de mais reformas para aumentar a produtividade, especialmente fora da agricultura. Prioridades-chave incluem melhorar o ambiente de negócios, fomentar a inovação e a abertura comercial, fortalecer a educação, aumentar a economia e o investimento em infraestrutura, e fortalecer a resiliência climática. A recente reforma do imposto indireto deve melhorar a produtividade, reduzir os custos de conformidade e simplificar o sistema tributário. No entanto, uma população envelhecida irá pressionar as finanças públicas.
O PIB real cresceu 3,4% em 2024, mas calcula-se que vá desacelerar para 2,2% em 2025 devido às taxas de juros mais altas, um ambiente externo mais fraco e um consumo doméstico mais lento. A inflação deve cair gradualmente para 4,2% até 2027, dentro da faixa alvo do Banco Central. A pobreza (de $6,85/dia) diminuiu de 21,7% em 2023 para 20,9% em 2024, apoiada por forte criação de empregos (2,8 milhões de novos empregos), desemprego recorde (6,2%) e aumento de 4,8% nos salários reais. No entanto, a redução da pobreza pode desacelerar devido ao espaço fiscal limitado e ao crescimento mais lento dos serviços, que empregam 80% dos pobres.
O déficit fiscal primário diminuiu de 2,3% do PIB em 2023 para 0,3% em 2024, refletindo receitas maiores e gastos menores. A dívida pública bruta aumentou de 73,8% para 76,5% do PIB, principalmente devido ao aumento dos pagamentos de juros. A rigidez orçamentária e os gastos indexados restringem o espaço fiscal para investimento. Abordar os gastos relacionados à idade, especialmente com pensões, e ampliar a base tributária são cruciais para a sustentabilidade fiscal.
O Brasil mantém sólidas reservas macroeconômicas, incluindo amplas reservas internacionais, baixa dívida externa, um Banco Central credível e flexibilidade em relação à taxa de câmbio.
Última atualização: 19 de novembro de 2025