Discursos e Transcrições

Banco Mundial e Banco Africano de Desenvolvimento Instam o Sudão a Resolver as Questões e a Comprometer Apoio para um Desenvolvimento de Base Ampla

17 de abril de 2011


Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Dr. Donald Kaberuka, e pela Vice-presidente da Região África do Banco Mundial, Sra. Obiageli Ezekwesili. Reuniões de Primavera do Banco Mundial/FMI. Terceira Mesa Redonda Sudanesa.

Conforme preparado para pronunciamento

WASHINGTON, 17 de Abril de 2011 — Durante as Reuniões de Primavera do Banco Mundial/FMI realizou-se uma Terceira Mesa Redonda Sudanesa, um fórum lançado pelo Banco Mundial com o objectivo de promover amplas parcerias em apoio do desenvolvimento no Sudão. O evento foi co-presidido pelo Presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Dr. Donald Kaberuka, e pela Vice-presidente da Região África do Banco Mundial, Sra. Obiageli Ezekwesili.

O fórum ofereceu a oportunidade para os governos do Sudão Norte e do Sudão Sul reportarem o progresso registado em termos dos seus respectivos programas de desenvolvimento. Proporcionou, ainda, uma oportunidade para o Painel de Alto Nível da União Africana para a Implementação no Sudão (AUHIP) informar a mesa redonda sobre o progresso na negociação de várias questões, na sequência do Referendo de Janeiro de 2011 sobre auto-determinação do Sudão do Sul.

Os doadores e instituições registaram com agrado o progresso feito em ambos os domínios. O Presidente Thabo Mbeki, Presidente do AUHIP, sublinhou que o enquadramento para estas negociações era a criação de dois estados viáveis e de soluções mutuamente vantajosas, tanto para o Norte como para o Sul. Afirmou que o AUHIP esperava que se chegasse a acordo até ao fim de Maio.

O Dr. Kaberukaafirmou: “O apoio continuado da comunidade internacional aos Sudaneses e ao AUHIP será crucial para uma implementação bem-sucedida do acordo que as partes alcançarão para resolução da questão da dívida. A coerência e harmonização das políticas dos doadores vão ser testadas no Sudão Austral. A criação de uma nova nação a partir do zero requer investimentos significativos em instituições e um forte controlo do processo pelos próprios sudaneses”.

A Sra. Ezekwesili disse: “A transição que se aproxima é uma oportunidade para cortar com o passado de conflito e insegurança e avançar em áreas-chave descritas no Relatório de Desenvolvimento Mundial 2011, incluindo a segurança dos cidadãos, justiça e empregos. Alguns destes temas já ocupam uma posição central na nova estratégia para o envolvimento do Banco em África. A criação de condições para esta agenda exige um progresso rápido nas negociações entre o Norte e o Sul.”

A mesa redonda discutiu também a questão da dívida externa do Sudão. Os participantes registaram o progresso que tanto o Norte como o Sul fez nas negociações sobre questões relacionadas com a dívida, incluindo o acordo para conduzir uma sensibilização conjunta pelos dois governos junto dos credores. Os participantes enfatizaram o seu compromisso em contribuir para a resolução de questões da dívida externa, um requisito prévio essencial para as perspectivas de desenvolvimento no Norte e no Sul. O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional co-presidem ao Grupo Técnico de Trabalho sobre a Dívida do Sudão que congrega representantes dos principais credores.

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAfD) está presentemente a prestar apoio técnico e aconselhamento ao AUHIP nas negociações pós referendo, relacionadas com questões financeiras e económicas, incluindo dívida e comércio além-fronteiras. Enquanto se aguarda a resolução dos atrasados do Sudão, o BAfD concentrou-se no aumento do seu envolvimento em questões de políticas, tanto no Sudão do Norte como no Sudão do Sul. Ao apoiar o Plano de Desenvolvimento do Sudão do Sul, o BAfD irá ajudar o governo a começar a conceber, com antecedência, acordos de implementação para o plano. O BAfD sublinhou a importância de se garantirem “lucros rápidos” para um grande número de agregados familiares urbanos e/ou rurais.

O Grupo Banco Mundial também reiterou o seu apoio continuado a ambas as partes do país. A instituição está actualmente a considerar formas de assistir o Sudão no período de transição e começou consultas com os seus Directores Executivos no sentido de explorar formas excepcionais de prestar apoio. O Banco está também a trabalhar em estreita cooperação com o Fundo Monetário Internacional com vista a garantir que os processos de adesão do Sudão do Sul progridam tão depressa quanto possível. Até à data, o Banco começou activamente a apoio o Sudão através da administração de dois Fundos Fiduciários de Doadores Múltiplos e através de um programa robusto de serviços de investigação e de aconselhamento.

Os participantes na mesa redonda também reconheceram a necessidade de repensar o modelo da arquitectura da ajuda e de coordenação dos doadores no Sudão do Sul. Isto para assegurar um apoio coerente e eficaz ao processo de transição e em suporte do Plano de Desenvolvimento para o Sudão do Sul.

Para além do Presidente Thabo Mbeki, os participantes incluíram o Presidente Abdulsalami Alhaji Abubakar e o Presidente Pierre Buyoya, também membros do AUHIP; Sr. Jean Ping, Presidente da Comissão da União Africana; Embaixador Princeton Lyman, Enviado Especial dos EUA para o Sudão; Marisa Lago, Secretária Adjunta do Tesouro dos EUA; Sr. Andris Piebalgs, Comissário para o Desenvolvimento da União Europeia; Sra. Margaret Carey, Directora, Departamento da ONU de Operações de Manutenção da Paz; proeminente empresário sudanês, Dr. Mo Ibrahim; assim como altas autoridades do Governo Sudanês de Unidade Nacional e do Governo do Sudão do Sul, representantes das Nações Unidas, da União Europeia e seus estados-membros, da Noruega, China, Índia, Egipto, Arábia Saudita, Japão, Canadá e instituições regionais.


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