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COMUNICADO À IMPRENSA 9 de janeiro de 2018

A economia global deverá aproximar-se de 3,1% em 2018, mas crescimento futuro suscita preocupação

A folga atual na economia global deverá desaparecer

WASHINGTON, D.C., 9 de janeiro de 2018 — O Banco Mundial prevê um crescimento econômico global próximo a 3,1% em 2018 após um 2017 muito mais forte que o esperado, à medida que a recuperação no investimento, manufatura e comércio continuarem e ao passo que as economias em desenvolvimento, exportadoras de produtos básicos, se beneficiarem de melhores preços desses produtos.

No entanto, em grande parte, esse movimento é considerado como um aumento de curto prazo. No longo prazo, retardar o crescimento potencial – medida do grau de rapidez que uma economia pode expandir-se quando a mão de obra e o capital são totalmente empregados – põe em risco ganhos na melhoraria dos padrões de vida e na redução da pobreza no mundo inteiro, adverte o Banco Mundial em seu relatório Perspectivas Econômicas Globais de janeiro de 2018.

Segundo as estimativas, em 2018, o crescimento nas economias avançadas deverá ser uma taxa levemente moderada de 2,2% à medida que os bancos centrais removerem gradualmente sua acomodação pós-crise e o investimento atingir um ponto de estabilização. Segundo as projeções, o crescimento no mercado emergente e nas economias em desenvolvimento deverá se fortalecer chegando a 4,5% em 2018, à medida que os exportadores de produtos básicos continuarem a se recuperar. 

“É estimulante ver uma recuperação de base ampla no crescimento global, porém, este não é o momento para complacência”, afirmou Jim Yong Kim, Presidente do Grupo Banco Mundial.  “É uma excelente oportunidade para investir no capital humano e físico. Se os formuladores de políticas no mundo inteiro focarem nesses investimentos fundamentais poderão aumentar a produtividade dos seus respectivos países, impulsionar a participação da força de trabalho e se aproximar das metas de erradicação da pobreza extrema e promoção da prosperidade compartilhada.”

Baixe o relatório Perspectivas Econômicas Globais de janeiro de 2018.

2018 está a caminho de ser o primeiro ano desde a crise financeira em que a economia global vai operar em capacidade total ou quase total. Com uma folga na economia prestes a diminuir, os formuladores de políticas precisarão ir além dos instrumentos de políticas monetárias e fiscais a fim de estimular o crescimento no curto prazo e considerar iniciativas com maior probabilidade de impulsionar um potencial de longo prazo.

A desaceleração do crescimento potencial é o resultado de anos de atenuação do crescimento da produtividade, investimento fraco e envelhecimento da força de trabalho em âmbito global. Essa desaceleração é generalizada e afeta economias responsáveis por mais de 65% do PIB mundial. Sem esforços para revitalizar o crescimento potencial, o declínio poderá estender-se à próxima década e retardar tanto o crescimento global normal em um quarto de ponto percentual, como o crescimento normal no mercado emergente e nas economias em desenvolvimento durante esse período.

“Uma análise dos impulsores da desaceleração do crescimento potencial ressalta o ponto de que não estamos desamparados diante dessa situação”, afirmou Shantayanan Devarajan, Diretor Sênior de Economias em Desenvolvimento do Banco Mundial. “Reformas que promovem educação e saúde de qualidade, bem como melhoram os serviços de infraestrutura, podem impulsionar substancialmente o crescimento potencial, especialmente entre mercados emergentes e as economias em desenvolvimento.  No entanto, algumas dessas reformas sofrerão a resistência de grupos politicamente poderosos, fato pelo qual é tão importante tornar essa informação sobre seus benefícios para o desenvolvimento transparente e publicamente disponível.”

Os riscos nas previsões estão mais inclinados à desvantagem. Um arrocho abrupto das condições financeiras globais pode arruinar a expansão. Aumentar as restrições ao comércio e intensificar as tensões geopolíticas podem desencorajar a confiança e a atividade. Por outro lado, um crescimento mais sólido do que o previsto poderia também materializar-se em várias grandes economias, ampliando ainda mais a reativação global.

“Graças ao retorno das taxas de desemprego aos níveis pré-crise e ao quadro econômico mais promissor tanto nas economias avançadas como no mundo em desenvolvimento, os formuladores de política deverão considerar novas abordagens para manter o impulso do crescimento”, afirmou Ayhan Kose, Diretor de Perspectivas Econômicas do Banco Mundial. Especificamente, as reformas de melhoria da produtividade tornaram-se urgentes à medida que aumentam as pressões sobre o crescimento potencial das populações em envelhecimento.

Além de explorar desenvolvimentos nos níveis global e regional, as Perspectivas Econômicas Globais de janeiro de 2018 examinam mais de perto as tendências de crescimento potencial em cada uma das seis regiões globais; lições do colapso do preço do petróleo no período 2014-2016; e a conexão entre níveis mais altos de aptidões e educação e menores níveis de desigualdade nos mercados emergentes e nas economias em desenvolvimento. 

Sumários regionais:

Leste Asiático e Pacífico: Segundo as previsões, o crescimento na região deverá baixar a 6,2% em 2018 em comparação com a estimativa de 6,4% em 2017. Uma desaceleração estrutural na China pode causar a impressão de compensar uma modesta aceleração cíclica no restante da região. Os riscos nas previsões tornaram-se mais equilibrados. Um crescimento mais sólido do que o previsto nas economias avançadas pode levar a um crescimento mais rápido do que o esperado nas economias principais da região. Do lado negativo, a intensificação da tensão geopolítica, maior protecionismo local, arrocho abrupto imprevisto das condições financeiras globais e desaceleração mais profunda do que o esperado nas principais economias – inclusive a China – representam riscos negativos na perspectiva regional. O crescimento na China cairá ainda mais para 6,7% em 2018, abaixo dos 6,9% em 2017. Segundo as previsões, o crescimento na região deverá acelerar a 5,3% em 2018 em comparação com 5,1% em 2017.

Europa e Ásia Central: Segundo as previsões, o crescimento na região deverá diminuir para 3,9% em 2018 em comparação com a estimativa de 3,7% em 2017. A recuperação deverá continuar no leste da região, impulsionada por economias de exportação de produtos básicos, contrabalançada por uma desaceleração gradual na parte oeste como resultado da atividade econômica moderada na Área do Euro. Incerteza de crescimento a respeito de políticas e declínio renovado dos preços do petróleo apresentam riscos de crescimento abaixo do previsto. A Rússia deverá expandir-se a 1.7% em 2018, sem alteração com relação a seu crescimento estimado em 2017. A Turquia deverá apresentar uma taxa moderada de 3,5% neste ano, em comparação com 6,7% no ano que acaba de findar.

América Latina e Caribe: Segundo as previsões, o crescimento na região deverá avançar para 2% em 2018, em comparação com a estimativa de 0.9 % em 2017. O impulso do crescimento deverá intensificar-se à medida que o consumo privado e o investimento se reforçarem, especialmente entre economias de exportação de produtos básicos. Incerteza política adicional, desastres naturais, aumento do protecionismo comercial nos Estados Unidos ou maior deterioração de condições fiscais internas podem tirar o crescimento de seu curso normal.  O Brasil deverá avançar para 2% em 2018, em comparação com a estimativa de 1% em 2017. Segundo as previsões, o México deverá acelerar a 2,1% neste ano, em comparação com uma estimativa de 1,9% no ano passado.

Oriente Médio e Norte da África: O crescimento na região deverá acelerar-se a 3% em 2018 e a 2,6% em 2017. Prevê-se que as reformas em toda a região tomem impulso. As restrições financeiras deverão diminuir à medida que os preços baixos do petróleo permanecerem inalteráveis e, segundo previsto, as condições agrícolas apoiarão o crescimento nas economias que não dependem das exportações de petróleo. Os conflitos geopolíticos frequentes e a debilidade do preço do petróleo podem prejudicar o crescimento econômico. Segundo as previsões, a Arábia Saudita deverá subir a 1,2% em 2018, em comparação com 0,3% em 2017, ao passo que o crescimento está previsto a atingir 4,5% na República Árabe do Egito no exercício financeiro de 2018 em comparação com 4,2% no ano passado.

Sul da Ásia: Segundo as previsões, o crescimento na região deverá subir a 6,9% em 2018 em comparação com a estimativa de 6,5% em 2017. O consumo deverá permanecer forte, prevê-se que as exportações se recuperem e o investimento está a caminho de reviver como resultado de reformas políticas e melhorias na infraestrutura. Revezes nos esforços de reformas, desastres naturais ou elevação da volatilidade financeira global poderão reacender o crescimento. A Índia deverá subir à taxa de 7,3% no exercício financeiro de 2018/2019 que começa em 1º de abril, em comparação com 6,7% no exercício financeiro de 2017/18. O Paquistão deverá subir à taxa de 5,8% no exercício financeiro de 2018/2019 que começa em 1º de julho, em comparação com 5,5% no exercício financeiro de 2017/18.

África Subsaariana: O crescimento na região deverá subir a 3,2% em 2018, em comparação com 2,4% em 2017. Um crescimento mais sólido dependerá da estabilização dos preços dos produtos básicos e da implementação de reformas. Uma queda nos preços dos produtos básicos, aumentos das taxas de juros mais elevados do que o previsto e medidas inadequadas para melhorar a dinâmica da dívida poderão prejudicar o crescimento econômico. Segundo as previsões, o crescimento na África do Sul deverá atingir 1,1% em comparação com 0,8% em 2017. A Nigéria deverá atingir uma expansão de 2,5% neste ano, em comparação com 1% no ano que acaba de findar.  

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COMUNICADO À IMPRENSA Nº 2018/082/DEC

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