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COMUNICADO À IMPRENSA 12 de outubro de 2017

Crescimento ou inflação: o difícil equilíbrio da América Latina e Caribe

·       América Latina e Caribe voltam a crescer após a retração do ano passado

·       Retomada regional é devida em grande parte à recuperação da Argentina e Brasil

·       Redução de juros para estimular economia não é opção fácil para a região, como é para autoridades monetárias de países ricos

 

WASHINGTON, 11 de outubro de 2017 – Espera-se que este ano a América Latina o Caribe voltem a crescer após terem sofrido uma retração significativa de 1,3 por cento em 2016. No entanto, com um entorno global que segue sendo neutro para o crescimento na região, os gestores de políticas terão que andar na corda bamba para aumentar o crescimento e, ao mesmo tempo, garantir que os mais vulneráveis permaneçam protegidos.

Em seu último informe semestral, “Entre a cruz e a espada: o dilema da política monetária na América Latina”, o escritório do Economista Chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe explora o pontecial da política monetária para apoiar o crescimento, sem por em risco as difíceis vitórias adquiridas na batalha contra a inflação.

Para a América Latina e o Caribe, os analistas de mercado prevêem o crescimento do PIB de 1,2 por cento em 2017 para 2,3 por cento em 2018. A recuperação será liderada por uma robusta retomada da Argentina, que deve crescer 2,8 por cento em 2017 e 3 por cento em 2018, e do Brasil, que deve crescer 0,7 por cento em 2017 e 2,3 em 2018, após ter sofrido retração por dois anos consecutivos. O México continuará crescendo acima de 2 por cento em 2017 e 2018, enquanto o crescimento na América Central e Caribe deverá se manter próximo de 4 por cento tanto em 2017 como em 2018.

"Com os motores externos de crescimento, tais como os altos preços de commodities, desempenhando um papel pouco importante, a região terá que depender de seus próprios recursos", afirmou Carlos Végh, economista chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe. "Reformas nos mercados de trabalho e na educação e o aumento de investimentos em Infraestrutura serão chave, assim como a situação fiscal".

O informe revela que 28 dos 32 países da região registrarão saldo fiscal global negativo em 2017. As taxas médias de endividamento se situarão em 58.7 por cento do PIB, com seis países com taxas superiores a 80 por cento. Finalmente, a série de desastres naturais na região só aumentará as pressões fiscais existentes debido às significativas perdas.

"Embora os países da região precisem realizar ajustes fiscais para se adaptarem à nova realidade após a bonança das commodities, muitos estão certos em promovê-los gradualmente para assim evitar uma nova recessão”, disse  Végh. "Isto  naturalmente tende a por mais peso sobre a política monetária para ajudar a reativar a economia".

O informe identifica um dilema crítico de política monetária enfrentado  pelos países da América Latina e Caribe. Diferentemente dos países industrializados, que podem reduzir as taxas de juros para estimular a economia sem se preocupar com a depreciação da moeda, o aumento da inflação ou da instabilidade macroeconômica, esta política monetária contracíclica não é uma opção tão fácil para a região. Prova disso é que vários países da América do Sul seguem sendo pro-cíclicos. Se aumentar as taxas de juros em tempos ruins ajuda a prevenir a depreciação da moeda e a manter a inflação sob controle, em última instância, também debilita a economía.

Como podem os mercados emergentes, como os da América Latina, resolver este dilema fundamental da política monetária? A resposta, de acordo com o informe, é ter independência do banco central, baixos níveis de dolarização e credibilidade nos mercados. Esta é uma situação que leva tempo, mas que já permite que países como Chile adotem políticas monetárias contracíclicas durante os períodos de recessão econômica sem o temor de potencialmente piorar as coisas para os mais vulneráveis.

O informe também indica que outros instrumentos financeiros, como a redução dos requisitos de reservas legais para estimular a economia em tempos ruins, têm demonstrado serem úteis em países ainda pro-cíclicos, já que estas medidas podem ajudá-los a responder de forma contracíclica a uma desaceleração.

 

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COMUNICADO À IMPRENSA Nº 2018/038/LAC

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