COMUNICADO À IMPRENSA

Enquanto Milhões Assinalam o Dia de África, Vice-presidente do Banco Mundial Aponta aos Investidores as ‘Possibilidades Infindáveis’ de África

25 de maio de 2011




WASHINGTON, 25 de Maio de 2011 – São infindáveis as possibilidades que África tem para oferecer aos investidores, afirmou o Banco Mundial na quarta-feira.
 
“Os Investidores, que entrarem agora em África, estão a tirar partido das possibilidades intermináveis do continente”, disse aos investidores e embaixadores africanos acreditados nos Estados Unidos a Vice-presidente do Banco Mundial para a Região África, Obiageli Ezekwesili num discurso integrado nas celebrações para comemorar o Dia de África.
 
Observado anualmente a 25 de Maio, o dia comemora a fundação em 1963 da Organização da Unidade Africana, precursora da União Africana.
 
A Sra. Ezekwesili referiu que, numa altura de grande convulsão económica global, quando até as economias ricas precisam de resgates, de recompra de dívida e do financiamento do FMI para se conservarem viáveis, África prepara-se para vir a ser um dos pólos universais de crescimento mais importante num mundo multipolar.
 
África recuperou da crise financeira e económica global, tendo registado um crescimento do PIB de 4,5% no ano passado. Prevê-se que o PIB do continente atinja 5,1% e 5,8% em 2011 e 2012, respectivamente.
 
“Há muitos, muitos anos que nos dizem que África tem um futuro brilhante…esse futuro é agora. É o tempo de África”, afirmou a Sra. Ezekwesili.
 
Os fluxos de capitais para a África Subsariana subiram de USD 35 800 milhões em 2009 para cerca de USD 41 100 milhões em 2010, prevendo-se que atinjam USD 48 500 milhões este ano.
 
A Sra. Ezekwesili regozijou-se com o facto de os investidores estarem agora concentrados em África, incentivando-os a ignorar os estereótipos relatados pela da comunicação social e filmes, que continuam a pintar o continente como uma região de miséria, doença e guerra.
 
 “No Banco Mundial, olhamos para África com optimismo. Acreditamos que o continente esteja hoje talvez no mesmo ponto em que se encontrava a Índia 20 anos atrás e a China há 30 anos…exactamente antes de terem entrado em boom económico”,
referiu a Sra. Ezekwesili.
 
O Investimento Directo Estrangeiro no continente aumentou quase nove vezes – de uns meros USD 10 mil milhões em 2000 para USD 88 000 milhões em 2008 – tornando insignificantes os fluxos para a Índia (USD 42 000 milhões em 2008) e aproximando-se dos valores canalizados para a China /USD 108 000 milhões). A União Africana estima que os investimentos directos estrangeiros no continente possam atingir USD 150 000 milhões em 2015.
 
Compreendendo que algo de novo está, na verdade, a acontecer em África, o Wall Street Journal argumentava num artigo recente que “O Vírus do Investimento em África Está a Ser Contagioso”.
 
Se bem que África esteja, na realidade, aberta aos negócios, a verdade é que não está aberta "a qualquer tipo de negócio”, advertiu a Sra. Ezekwesili. Ela explicou que o continente só pode comportar investimentos responsáveis. E descreveu-os como investimentos focalizados nas pessoas e em prol dos pobres; que promovem os esforços de África para a consecução dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio; que promovem a transparência, responsabilização e boa governação; que criam parcerias inovadoras com o sector privado e dentro dele, ajudando a criar empregos e a promover a prosperidade; que fomentam as empresas locais, produzem oportunidades de comércio, criam mercados novos ou expandem os já existentes; conduzem ao aparecimento de uma classe média africana e criam as competências de que os africanos precisam para competir na actual economia global, baseada no conhecimento.
 
“África não precisa dos investimentos irresponsáveis que, durante muitas décadas, impuseram práticas corruptas e condições degradantes àqueles a quem diziam servir”, afirmou a Sra. Ezekwesili.
 
A Sra. Ezekwesili referiu, concretamente, a agricultura como o “Próximo Grande Trunfo de África”, desde que os governos de todo o continente continuem a fazer as reformas e escolhas de políticas certas e a criar as devidas instituições. Embora a agricultura seja a fonte da sobrevivência de 70 por cento dos africanos, o sector continua sub-financiado. África representa mais de um quarto da terra arável do mundo e, contudo, actualmente gera apenas 10 por cento da produção agrícola universal.
 
“Os governos africanos, incluindo alguns dos diplomatas aqui presentes, que podem ser os melhores vendedores de África, precisam de fazer a parte deles”, disse a Sra. Ezekwesili aos Embaixadores Africanos. Citou a necessidade de os governos africanos honrarem o compromisso feito em Maputo, em 2002, de dedicarem à agricultura pelo menos 12% dos seus orçamentos nacionais.
 
Recordando a participação directa de milhares de africanos na formulação da nova estratégia para África do Banco Mundial, a Sra. Ezekwesili garantiu que a sua instituição permanecerá do lado dos pobres, ajudando a criar o tipo de novas parcerias de que os africanos necessitam “para proteger os seus direitos e preservar a sua dignidade e orgulho.”

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COMUNICADO À IMPRENSA Nº
2011/504/AFR

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