Quando se olha o Hospital do Subúrbio por fora, tudo parece tranquilo, a julgar pela fachada branca, pelos jardins e pelas palmeiras cujas folhas balançam ao vento. Dentro, a história é outra.
No local, com tecnologia de ponta, já foram feitos mais de 1,8 milhão de procedimentos desde 2010. O local oferece serviços de alta complexidade a algumas das famílias mais carentes de Salvador, na Bahia.
O hospital, uma parceria público-privada (PPP), também criou 1.200 empregos locais. Todos os aspectos da estruturação da PPP foram assistidos pela Corporação Internacional Financeira (IFC), o braço do Banco Mundial para o setor privado.
O modelo prevê uma concessão de 10 anos, renovável pelo mesmo período. Durante esse tempo, o consórcio será responsável por equipar, manter e operar todos os serviços do hospital.
Parceria de sucesso
O projeto do Hospital do Subúrbio foi considerado, em 2012, um dos mais inovadores do mundo, segundo a consultoria global KPMG. Isso se deve, entre outros motivos, ao sistema de metas com que a equipe trabalha.
"Trata-se de um exemplo do que conseguimos fazer quando trabalhamos com o Estado e, ao mesmo tempo, trazemos a experiência do setor privado para oferecer serviços de saúde de qualidade aos mais necessitados", disse o presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, depois de visitar o local.
Salvador foi a primeira parada do presidente em uma visita oficial de três dias ao Brasil.
Ele escolheu o estado nordestino porque a parceria do Banco com a Bahia "reflete bem a visão e os resultados que podemos alcançar juntos, com um objetivo em comum: ajudar a reduzir a pobreza e criar oportunidades para todos os cidadãos".
Kim estava acompanhado pelo governador da Bahia, Jaques Wagner, e pelo chefe executivo do IFC, Jin-Yong Cai.